“VAMOS FAZER O CABELO”: Um estudo sobre as mulheres negras trançadeiras de Marabá
identidade étnica, trançado afro, mulheres negras, estética negra
Esta pesquisa trata da representação social e estética do trançado afro, tem objetivo compreender o papel das mulheres negras trançadeiras para a afirmação e valorização da estética afro na cidade de Marabá. Sabendo-se que o penteado afro é um símbolo cultural de matriz africana na sociedade brasileira que está presente principalmente no universo feminino. A fundamentação teórica compreende as epistemologias de Gomes (2003, 2012, 2019) e Neuza (1983) que problematizam a estética negra a partir do Corpo e cabelo. Santos (2013, 2017, 2019) discorre sobre o papel das mulheres trançadeiras e a simbologia das tranças. Hall (2021) e Munanga (2019) na construção identitária negra. Eagleton (1993) e Kant (2005) na compreensão da estética como filosofia do corpo por meio das sensações e das emoções humanas. Maffesoli (1994), analisando a estética a parti das relações sociais e admite que o pertencimento é um modo de reconhecimento sociocultural. E a formação do pensamento feminista negro traz reflexão de Collins (2019) e Gonzales (2020). Os pressupostos metodológicos para a construção desta pesquisa estão fundados na interdisciplinaridade associada à história oral, cujo método busca evidenciar as histórias e trajetórias de vidas das mulheres trançadeiras. Esta pesquisa tem relevância para os estudos de relações étnico raciais, gênero e do feminismo negro. Assim, os resultados esperados com a pesquisa compreende a visibilidade dos saberes e fazeres de mulheres negras trançadeiras que fazem do seu oficio um instrumento de existência e resistência no sudeste paraense.