Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável: análise da Escola Família Agrícola Dom Fragoso, Independência–CE e do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Pará campus rural campus Marabá-PA
Rural. Sustentabilidade. Alternância. Jovens Rurais. Projeto-de-vida.
A seguinte pesquisa traz como tema principal o desenvolvimento rural sustentável mobilizado pelas instituições Escola Família Agrícola Dom Fragoso em Independência, no Ceará, e Instituto Federal do Pará campus rural, em Marabá, no Pará. Ambas tecem relações a partir da educação do/no e para o campo e da agroecologia com a formação profissional e humana na transformação/fortalecimento dos projetos de vida das/os jovens rurais. Nosso objetivo geral é analisar e comparar como os processos educativos/formativos promovidos pela Escola Família Agrícola Dom Fragoso, Independência – CE, e pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará – campus rural, Marabá – PA, influenciam sobre os projetos de vida dos jovens rurais cursantes do Técnico em Agropecuária e, consequentemente, sobre a reprodução social da agricultura familiar nas regiões em questão. Para tanto nossa análise traz uma abordagem científica de forma qualitativa e quantitativa como base para a interpretação das informações. Utilizaremos pesquisa documental, entrevistas e questionários por meios remotos e/ou presenciais, aplicadas a estudantes, egressos e professores. O Curso Técnico em Agropecuária mobiliza em ambas as instituições um perfil profissional no/do e para o campo, sendo perceptíveis ações que vinculam a teoria e prática, com grandes contribuições à aprendizagem e à valorização dos saberes advindos das/os educandas/os, famílias e comunidade, os projetos de conclusão são construídos e adaptados ao longo dos três anos de Ensino Médio e corroboram para uma formação diversa sobre cada grupo socioeconômico e cultural, refletindo de forma direta sobre o desenvolvimento de um projeto sustentável que articula a convivência com o semiárido nordestino e as lutas e (re)existências no sudeste paraense e, para além, as heterogeneidades de jovens e de rurais. Consideramos que toda a discussão até aqui propostas reflete sobre a formação de novos territórios e significados dadas as relações observadas, configurando uma educação que reflete ciência, pesquisa e tecnologia, mas também saberes empíricos e culturais, ao trazer a realidade de forma contextual para dentro da sala de aula.