"EDUCAÇÃO DO CAMPO, DIREITO NOSSO, DEVER DO ESTADO”: (RE)PENSANDO MEMORIAIS DE VIDA-FORMAÇÃO DE EDUCADORES(AS)
Educação do Campo. Amazônia. Neoliberalismo. Memória. Dinâmicas socioeducacionais.
A pesquisa estuda a progressão do neoliberalismo e seu modelo de organização ideológico, político, econômico e governamental na Amazônia, tecendo reflexões sobre os mecanismos de “espírito gestionário” nos espaços da educação superior pública. O curso de licenciatura em Educação do Campo (Faculdade da Educação do Campo/Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará/UNIFESSPA) é resultado da luta social para acesso de trabalhadores do campo, das águas e das florestas à educação, combinada à reforma agrária popular, pelo direito ao trabalho, à cultura, ao território e à soberania alimentar. Essa conquista assiste ao dinamismo da constituição de Universidades Públicas a empresas, bem como a sua fragilização refratária ameaçada por represálias e ameaças ao seu funcionamento: cortes de verbas, ataques a órgãos e programas educacionais e a debilitação de sua autonomia institucional. Objetiva-se analisar memórias de egressos do curso de Educação do Campo da Unifesspa. Metodologicamente, realizam-se revisões bibliográficas interdisciplinares versadas sobre temas, como território, fronteira, neoliberalismo, memória, Educação do Campo, além de análises documentais: projeto político pedagógico e a memoriais formativos de egressos. Há expectativa de contribuição aos debates sobre a ascensão da racionalidade neoliberal a políticas públicas sociais avessas à desidratação predatória estatal e à formação sectária de sujeitos empresariais.