COOPERATIVISMO E SUSTENTABILIDADE: INDICADORES PARA APOIAR A GESTÃO DA UNIDADE PRODUTIVA FAMILIAR POR AGRICULTORES COOPERADOS, NO SUDESTE PARAENSE
Cooperativismo; Sustentabilidade; Agroecossistemas Familiares.
A agricultura familiar camponesa praticada no Sudeste Paraense encontra na doutrina cooperativista e na promoção de empreendimentos de economia solidária, uma alternativa sustentável para a gestão das unidades produtivas familiares. Tendo como hipótese que a atuação da Federação das Cooperativas da Agricultura Familiar do Sul do Pará (FECAT) junto as cooperativas de agricultores familiares no Sudeste Paraense tem uma configuração diferente dos pilares do cooperativismo definidos pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e Aliança Cooperativa Internacional (ACI) baseadas nos princípios norteadores de Rochdale: (i) adesão livre e voluntária; (ii) controle democrático pelos membros; (iii) participação econômica dos membros; (iv) autonomia e independência; (v) educação, formação e informação; (vi) cooperação entre cooperativas, (vii) interesse pela comunidade; essa dissertação tem como objetivo analisar a capacidade de gestão multidimensional de agroecossistemas familiares cooperados na cadeia de fruticultura da FECAT, no Sudeste Paraense. Para tanto, foi levantado e caracterizado os agroecossistemas que compõem a cadeia de fruticultura da FECAT, caracterizado os agroecossistemas-chave na cadeia de produção de frutas e analisado os limites e potencialidades, e a proposição um conjunto de indicadores multidimensionais adaptados ao contexto da fruticultura regional. Como embasamento teórico apresenta-se um contexto histórico da sustentabilidade, limitado as dimensões econômico, social e ambiental, a agricultura familiar praticada no Sudeste Paraense, e uma apresentação sobre o cooperativismo e economia solidária de modo a localizar o agricultor familiar cooperado na cadeia produtiva de fruticultura no Sudeste Paraense, no tempo e espaço. A investigação se dá baseada na visão sistêmica, mais especificamente na Teoria Geral de Sistemas para evitar a simplificação de um sistema intrinsecamente complexo. Como instrumentos de pesquisa se utilizou de entrevistas semi-estruturadas, observações em campo, pesquisa bibliográfica e documental. Identificou-se que a criação e manutenção de canais de escoamento da produção das unidades produtivas familiares, e a atuação na formação e informação são fatores decisivos na promoção da sustentabilidade do sistema.