A re-existencia feminista das mulheres do MST no Sudeste do Pará
feminismo descolonial; re-existencia; práxis; Movimento dos Sem Terra
Este trabalho trata de uma investigação em torno da re-existência feminista das mulheres dirigentes/lideranças do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) no sudeste do Pará. Utilizamos como metodologia a história oral e a pesquisa documental. Na base teórica sustentam-se os conceitos de feminismo descolonial (LUGONES, 2008,2014; ESPINOSA, 2014; PAREDES, 2010; SEGATO, 2012), re-existencia (WALSH 2013,2017; LUGONES 2014) e práxis (WALSH; FREIRE). O trabalho apresenta, na primeira seção, uma breve discussão em torno dos estudos feministas descoloniais. Na segunda seção, realiza-se uma contextualização dos estudos sobre mulher, gênero e classe no MST e como eles ressignificaram a luta do movimento. Na terceira seção aborda-se algumas re-existências camponesas no sudeste do Pará frente aos projetos articulados pelo Estado e pelo Capital. Na quarta e última seção, realiza-se, preliminarmente, a análise das narrativas de mulheres lideranças/dirigentes do MST. Como resultados preliminares, percebe-se que as mulheres dirigente/líderes do MST se encontram num processo de construção de re-existencia política-pedagógico, principalmente pela intersecção da luta contra as múltiplas opressões. Elas estão num processo permanente de deslocamentos de apresendizagens e reaprendizagens.