ROTEIRO LITERÁRIO: ITINERÁRIO DE MÁRIO DE ANDRADE, TARSILA AMARAL E BLAISE CENDRARS PELAS CIDADES HISTÓRICAS DE MINAS GERAIS
Modernistas. Turismo literário. Cidades Históricas de Minas Gerais.
Esta dissertação visa percorrer, de maneira sucinta, o período que se estende de 1912 a 1924, a fim de compreender os fenômenos que conduziram os acontecimentos que resultam na Semana de Arte Moderna de 1922 e nas viagens dos primeiros modernistas às cidades históricas de Minas Gerais. Criando assim, um itinerário de turismo literário. Esse itinerário procura cumprir a função de narrar a viagem dos modernistas levando o viajante a realizar um roteiro que o permita chegar a vivenciar grande parte do espaço físico e das experiências que os modernistas viveram. É nossa pretensão também, articular essa viagem à produção do Guia de Ouro Preto, obra de Manuel Bandeira, modernista da primeira fase do movimento no Brasil.
A viagem dos modernistas para Minas Gerais foi realizada entre os dias 15 e 30 de abril de 1924. O percurso dessa viagem será descrito e desenvolvido com base em pesquisas anteriores realizadas. Em especial nos embasaremos na obra de Alexandre Eulálio intitulada A Aventura brasileira de Blaise Cendrars: ensaio, cronologia, filme, depoimentos, antologia por se tratar de uma das obras mais completas sobre Blaise Cendrars no Brasil e conter, além de uma pesquisa aprofundada sobre Cendrars, relatos de experiências e dos trajetos da viagem de 1924. Inicialmente abordaremos o que os críticos relatam sobre os motivos dessa viagem e posteriormente vamos nos ater aos trajetos e experiências vividas pelos modernistas nessa jornada.
Discutiremos, em linhas gerais, questões de turismo literário, assim como alguns elementos que compõem o roteiro turístico. De forma sucinta, abordamos conceitos de turismo, turismo literário, turismo cultural, entre outros. Para isso, nos embasaremos em Coutinho, Paiva e Teixeira (2015), Cerqueira (2011), Simioni (2013), Machado (2013), Lazarini (2007), Abel (1995), Oliveira (2007), Sousa e Simões (2010), Tejero (2018), Pakman (2014), Barreto (2001), Quinteiro e Baleiro (2017), Pérez (2009), Eagleton (2005), Corrado (2015), Chimenti e Tavares (2020) Figueira (2013), Bandeira (1967) entre outros.