METÁFORAS VISUAIS EM QUADRINHOS DE UMA VIDA COM TRANSTORNO BIPOLAR |
Bipolaridade; quadrinhos autobiográficos; metáforas visuais
A pesquisa busca analisar as metáforas visuais apresentadas na narrativa gráfica Marbles, Depression, Mania, Michelangelo and Me (2012), de Ellen Forney, na qual a autora e narradora lida com alterações de humor devido ao Transtorno Bipolar I. Inicialmente, será apresentado uma contextualização teórica sobre depressão nas produções escritas, seguindo os conceitos de Emily Martin (2009) e outros autores que analisam os escritos autobiográficos situados nesse contexto de imagem, texto e alterações de humor. Tratando-se de uma forma de expressão verbal e não-verbal em quadrinhos, as pesquisas das autoras Hillary Chute (2010), Sidonie Smith e Julia Watson (2002), Elizabeth El Rafaie (2014), além de outros, apresentam uma analogia da concepção da prática do escritor como seu próprio referencial ao lidar com momentos de mania, depressão e um equilíbrio entre as duas emoções. Será apresentado o posicionamento da narradora em três momentos distintos durante a narrativa sobre o transtorno bipolar entre as alterações de humor. A análise a ser feita aqui está diretamente relacionada em como a narradora expressa seus sentimentos através da linguagem verbal e não-verbal durante as páginas dessa narrativa e como as metáforas visuais são essenciais para que o leitor compreenda como é lidar com essas questões de humor.