O TEATRO POLÍTICO E AS CANÇÕES DE PROTESTO COMO PRÁTICA PEDAGÓGICA: a contraposição ideológica como luta e resistência camponesa
Contraposição Ideológica; Resistência; Música; Teatro; Projeto Político Pedagógico; Escola Carlos Marighella.
A presente pesquisa teve como objetivo problematizar a música e o teatro como disciplinas complementares e como processo pedagógico na perspectiva na luta e resistência camponesa. A problematização se constituiu a partir das práticas da escola M.E.F. Carlos Marighella, localizada no Assentamento 26 de Março. A partir disso, problematizamos a pesquisa com os seguintes objetivos: compreender de que forma o teatro e a música estão materializados como disciplinas complementares no PPP da escola; Observar e analisar como essas atividades vêm acontecendo na prática; Identificar e analisar quais materialidades e aspectos discursivos, ou melhor, conteúdos que se contraposições às ideologias dominantes, no contexto camponês, nos aspectos culturais, sociais e políticos, partindo do contexto em que a escola está inserida, em uma área de Reforma Agrária do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. Ressaltamos ainda que trabalhamos na perspectiva de resistência a partir de Alfredo Bosi (2002), que entrelaçada à concepção de ideologia de acordo com Marilena Chauí (2001) nos possibilitou pensarmos muitas possibilidades em que o espaço escolar/currículo, historicamente, são lugares de disputa. Assim, trouxemos outros arcabouços que nos ajudaram a compreender concepções de currículo, bem como a escola do/no campo como Caldart (2011; 2015), claro, partindo da premissa que o PPP traz grandes possibilidades para que essas linguagens, artístico/literário possam fazer parte da formação dos sujeitos no âmbito escola. A partir da grande pesquisa, levantamento de dados e análise, percebemos que a escola, e eventualmente nas atividades desenvolvidas a partir do teatro e música como atividades complementares, constatamos uma grande valorização de aspectos que compreendemos como contraposição de ideologias dominantes nas práticas da escola que alcançaram não só o chão da escola, mas outros espaços que de certa forma são importantes para a prática dessas linguagens.