Banca de QUALIFICAÇÃO: IEDA MANO FERNANDES

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: IEDA MANO FERNANDES
DATA: 12/09/2024
HORA: 14:30
LOCAL: online
TÍTULO:

TESTEMUNHO DAS ÁGUAS: literatura, relações de poder e questões sociais na poesia do Sul e Sudeste do Pará

PALAVRAS-CHAVES:

Água; Enchentes; Teor Testemunhal; Problemas sociais.

PÁGINAS: 52
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
SUBÁREA: Literatura Comparada
RESUMO:

O desenvolvimento inicial da cidade de Marabá esteve vinculado principalmente, ao uso dos rios, tanto para obter a subsistência das populações ribeirinhas, quanto para escoação dos recursos naturais (Almeida 2008, p.31) para outras regiões. A proximidade com os rios, Tocantins e Itacaiúnas, nesse sentido, permitia manter a economia da cidade e o sustento das famílias que viviam nas “ribanceiras” deste. No entanto, o contato com os rios nem sempre ocorreu de forma pacífica, no período do inverno, quando o nível das águas se elevava, as grandes enchentes, obrigavam as pessoas a buscarem abrigo em outros locais, e bem mais que sair do lar, as cheias provocavam/am perdas imensuráveis. Nessa perspectiva, o interesse desta pesquisa, surgiu pela motivação encontrada no projeto de Iniciação Cientifica, intitulado “Acaso feitura, não sou de Tupã? “- A cidade de Marabá sob o olhar poético em três antologias, vinculado ao plano de trabalho da pesquisa: POESIA DE TEOR TESTEMUNHAL NA FRONTEIRA DO SUL E SUDESTE PARAENSE: um mapeamento da produção literária e sua relação com a realidade social na região, em que foi possível, por meio dos recortes de poemas das antologias ( Antologia 100 poemas e prosas por Marabá; Antologia Literária da Academia de Letras do Sul e Sudeste Paraense e Ao marulhar do Tocantins) refletir sobre realidade social da cidade de Marabá na produção poética de autores da região. Partindo disso, está pesquisa tem como objetivo analisar sob a luz do teor testemunhal textos líricos e letra canções, que abordem a temática sobre água, apontando para problemas sociais como: as relações de poder capitalista, a pobreza; desastres naturais e desigualdade social, dentre outras questões que esse tema emerge. As problemáticas presentes nesse assunto, nem sempre aparecem na superfície do texto, estando na maioria das vezes, subentendida ou metaforizada pela linguagem (Pachêco de Souza, 2024), onde o testemunho se revela timidamente nas vozes dos autores. A corpora de analise, desse trabalho, são as Antologias literárias da região Sul e Sudeste do Pará e os encartes do Festival da Canção em Marabá-FECAM que datam de 1987 a 2014, na reunião de informações para a construção do dorso do trabalho, a consulta nos acervos do Jornal Correio do Tocantins, Fundação Casa da Cultura de Marabá (FCCM) e Biblioteca Orlando Lima Lobo, foram fundamentais para a escrita. Para a reflexão dos textos selecionados acerca do tema, nos ancoramos principalmente, em Seligmann-Silva (2002), Marco (2004), Pachêco de Souza (2023), Ferraz (2022), Salgueiro (2010), e também em autores que tratam sobre as enchentes em Marabá, tais como: Souza (2021); Almeida (2011) e Bentes, (2018) os quais constroem uma abordagem em que apontam para os danos diretos e indiretos provocados pelas cheias dos rios à população marabaense.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1006639 - LUCIANA DE BARROS ATAIDE
Externo à Instituição - ANA LILIA CARVALHO ROCHA