Mashups literários na escola: A literatura de massa como provocação à literatura canônica?
Mashup. Literatura de massa. Literatura Canônica. Letramento Literário.
No mundo digital que estamos imersos, a escola ganhou novas ferramentas tecnológicas que podem ajudar nas práticas de ensino-aprendizagem. Diante desse cenário, novos gêneros textuais emergiram, dentre eles, o gênero Mashup, mais conhecido popularmente pela mistura feita pelos Djs, de duas ou mais músicas, da qual nascem “novas” músicas. De gênero digital a gênero literário, muitos escritores decidiram mesclar obras clássicas literárias com acontecimentos sobrenaturais, criando assim, uma “nova” obra com linguagem de fácil acesso e temas que atraem o jovem leitor. O interesse desta pesquisa, nessa perspectiva, surgiu precisamente do questionamento acerca das reflexões, se temos utilizado as novas tecnológicas no incentivo à leitura e até que ponto os Mashups literários podem contribuir no estímulo à leitura por fruição, na promoção dos cânones e na produção de textos do aluno usando sua criatividade. A partir das ideias de Rildo Cosson sobre letramento literário, de alguns conceitos de literatura de massa propostos por Waldenyr Caldas, e também das considerações feitas por Harold Bloom sobre literatura Canônica, observaremos a maneira como está ocorrendo o letramento literário dos alunos no âmbito escolar e quais são suas principais dificuldades enfrentadas, por rejeitar, em vez de assimilar, as práticas de leitura dos seus alunos fora da instituição escolar. Através de uma sequência básica de leitura, a ser aplicada, envolvendo motivação, introdução, leitura e interpretação, modelo proposto por Rildo Cosson, analisaremos como os mashups – literatura de massa – podem contribuir com a aproximação dos cânones aos alunos, com suas leituras literárias e com suas produções textuais.