A construção de processos identitários para as relações étnico-raciais a partir da implantação da Lei 10.639/2003 na escola São Félix: ancestralidade e memória
Epistemologias decoloniais; Etnolinguagem; Relações étnico-raciais; Valores civilizatórios africanos; processos identitários e pedagógicos
A educação tem sido apontada por pesquisadores com ênfase em currículo como uma política indispensável para organização dos setores políticos, culturais, sociais e educacionais que dentro das relações de poderes são considerados marginalizados, em especial a população negra brasileira, visto que já se passaram mais de uma década da promulgação da Lei 10.639/03 e poucas ações foram realizadas. Nesse sentido a relevância deste trabalho perpassa pela necessidade histórica de discussão, (des)construção e valorização étnico-racial. O projeto tem como base metodológica a pesquisa-ação com o eixo-temático étnico-racial a ser desenvolvido na escola São Félix nas aulas de Língua Portuguesa para alunos do 9ª ano do Ensino Fundamental. Objetivando verificar os modos como o ensino de Língua Portuguesa favorece uma revisão epistemológica dos paradigmas desse ensino voltados para construção de processos formativos e identitários étnico-raciais no reconhecimento de valores civilizatórios africanos da oralidade, memória e ancestralidade tendo como base a Lei 10.639 e como protagonistas os estudantes do 9º ano da escola São Félix. Quero trilhar por uma base epistêmica que seja o inverso da eurocêntrica e etnocêntrica, assim proponho a descolonialidade do saber e tendo como o alicerce o paradigma Decolonial, assim como a Etnociência e a Etnolinguagem que poderá favorecer práticas de linguagem que visibilizem esses valores civilizatórios africanos.