DISCURSOS DE SUBJETIVAÇÃO DO PROFESSOR: TÉCNICAS DE BIOPOLÍTICAS
Discurso; Subjetividades; Biopolítica; Professores.
O trabalho tem o objetivo de analisar como o discurso midiático sobre o professor se insere num jogo de poder em que a identidade desse profissional é configurada e reconfigurada de acordo com regras históricas que oferecem a “chave” para a produção de subjetividades. O corpus da pesquisa é formado de propagandas do MEC veiculadas na revista Nova Escola, no período de setembro de 1998 a julho de 2017, todas elas destinadas aos professores das escolas brasileiras de educação básica e complementado por publicidades de editoras também veiculadas na revista Nova Escola. Trata-se de uma pesquisa que, ancorada em uma abordagem teórico-metodológica da Análise de Discurso de vertente francesa, fundamentada, particularmente, nos estudos foucaultianos, concebe as identidades produzidas na sociedade contemporânea a partir de “regimes de verdades” orientados por uma política de governamentalidade. Embora as análises ainda se encontrem em desenvolvimento, nessa primeira fase da pesquisa buscamos analisar de que modo o Estado (MEC) produz discursos sobre os professores, a partir de uma lógica voltada para a homogeneização de identidades docentes, tendo sempre em vista a classificação, hierarquização e padronização de um tipo de professor. As análises evidenciam os seguintes funcionamentos discursivos acerca da subjetividade do professor: i) O professor anunciado como livre para fazer escolhas; ii) O Professor conduzido por modelos estabelecidos; iii) O professor de resultados; iv) O professor polivalente; v) Estado e Mercado: duas faces do biopoder atuando na subjetivação do professor.