José de Alencar: Diálogos literários e jurídicos possíveis e imagináveis em Aurélia Camargo e Pedro
Romantismo. Sociedade. José de Alencar. Diálogos literários e jurídicos
A presente dissertação tem por objetivo apresentar o diálogo entre o Direito e a Literatura na obra de José de Alencar. Em busca deste objetivo apresenta uma nova leitura sobre a obra do escritor, jornalista e advogado cearense com algumas expressões de sua fortuna crítica; traz as mudanças no país, a partir do Romantismo brasileiro no século XIX; também expõe a sociedade e o engajamento observáveis em sua obra. Em seguida, traz diálogos literários e jurídicos possíveis e imagináveis em Aurélia Camargo, protagonista de Senhora possuidora de uma personalidade avançada para sua época, e em Pedro, espécie de escravo doméstico, de O demônio familiar. O escritor participou dos movimentos culturais e intelectuais oitocentistas que desencadearam no Romantismo brasileiro com novas perspectivas sociopolíticas, jurídicas, culturais e artísticas. Para subsidiar as ideias desenvolvidas nesta pesquisa, a leitura de artigos em revistas e sites especializados em literatura e a leitura de obras dos autores Afrânio Coutinho (1987), Antonio Candido (2007), Alfredo Bosi (2015), Araripe Júnior (1958), Benoît Denis (2002), Leite (2007) e Sílvio Romero (1949), entre outros, foram fundamentais para chegar-se às diversas possibilidades de fruição dos romances de Alencar, em especial quanto aos personagens escolhidos.