SUBLIME, UNCANNY E GÓTICO FEMININO: UM ESTUDO DAS PERSONAGENS FEMININAS EM JANE EYRE, DE CHARLOTTE BRONTË, E KIMI NI TODOKE, DE KARUHO SHIINA
Literatura Vitoriana; Literatura comparada; Sublime; Uncanny; Gótico feminino.
Esta dissertação investiga por meio de um olhar acerca da perversidade (?) da figura feminina no romance vitoriano Jane Eyre (2015), de Charlote Brontë, e no mangá Kimi ni todoke (2009), de Karuho Shiina. A pesquisa busca analisar, mais especificamente, como é formado o processo de construção dos temas: Sublime, Uncanny e gótico feminino, em relação às personagens principais femininas. Nas obras em questão, as personagens femininas passam por dificuldades de interação para com a sociedade em que estão inseridas, onde a comunicação é uma das principais formas de envolvimento humano, Jane e Sawako lidam com essas situações conflituosas diariamente. O cotidiano dessas personagens é atravessado por temas obscuros, em que as personagens principais são tidas como sombrias e possuidoras de grande poder maléfico, e este espaço social as fazem acreditar que suas perversidades afetam a todos que estão ao redor, e que tais situações acontecem com anuência por parte das personagens. Os resultados obtidos nessa pesquisa permitem perceber como a literatura se engaja diretamente com os estudos do gótico, e em outras áreas de conhecimento, tanto romance quanto mangá, através das teorias, análises, e compreensão de como os temas Uncanny, sublime e políticas de gênero são apresentados nas obras em questão. Para efetivação dessa discussão, há necessidade de um amparo teórico específico, dentre eles: Vasconcelos (2007), Armstrong (2009), Moran (2013), Sá (2010), Luyten (2012), Wood (2010), Sato (2005), Gombrich (2013), Hauser (2003), Heiland (2004), Coale (2007), Burke (1993), Kristeva (1982), Eco (2007), Freud (2007) e Moers (1985).