A Produção do Gênero Microconto no Ensino Fundamental: uma Abordagem sobre Práticas de Leitura e Escrita
Gêneros. Microconto. Leitura. Produção Textual.
A presente pesquisa propicia uma reflexão que desvela elementos norteadores que a escola, na qualidade de instância formadora, pode assumir no contexto de uma sociedade em constante mudança e transformação. As concepções que permeiam este trabalho balizam-se em pressupostos que consideram o aluno como sujeito, ser de existência em processo, sujeito de linguagem e, por conseguinte, consideram o conceito de letramento como uma prática social igualmente constitutiva desse sujeito. Nessa perspectiva, desenvolvemos uma intervenção acerca do uso do gênero microconto como instrumento para o ensino de Língua Portuguesa e, com efeito, para o aperfeiçoamento de práticas de leitura e de escrita dos discentes em contexto escolar. Para tanto, são apresentados pressupostos teóricos sobre práticas de leitura e produção escrita, conforme Antunes (2003, 2005), Cafiero (2005), Geraldi (2012), Travaglia (2011), Brasil (1998, 2018) e Costa Val (2006), são destacadas algumas discussões sobre os gêneros como práticas sociais e definição do gênero textual microconto, bem como sua aplicação no processo de ensino/aprendizagem dos alunos, também são utilizados como suporte teórico os seguintes autores: Alonso (2015), Bazerman (2005), Bakhtin (2006), Koch (2011), Marcuschi (2002, 2008), Silva e Silveira (2013); a proposta de intervenção foi delineada também a partir das premissas de Colomer (2007), Rojo (2009), Thiollent (2011), Tripp (2005), Antunes (2007), dentre outros, além das minhas próprias práticas docentes. Destarte, utilizando-se da vertente da pesquisa-ação, intervimos em sala de aula para aferir a produção de microcontos por parte dos alunos, o que permitiu a conclusão da carência deles no tocante à leitura e à escrita proficientes, apontando para a relevância de práticas significativas de letramento, como forma de favorecer o desenvolvimento das habilidades e competência leitores desses sujeitos, tornando-os transformadores do seu próprio agir no mundo