GUERRILHA DO ARAGUAIA (1971-1973):
Narrativas e memórias em disputas
Ditadura Militar. Guerrilha do Araguaia. Operação Mesopotâmia. Operação Marajoara.
A presente dissertação tem como objetivo analisar informações, dados e documentos produzidos pelas Forças Armadas, em busca de vestígios de casos de graves violações de direitos humanos praticados na Guerrilha do Araguaia na década de 1970. A Guerrilha do Araguaia foi um movimento revolucionário que tentou enfraquecer o sistema político nacional implantado pelos miliares, por meio da luta armada, mas que na verdade se tornou o palco de uma onda de assassinatos, desaparecimentos, entre outras insurgências, movidas pelas Forças Armadas. Utilizando-se de análise documental dos relatórios de execução das operações militares, além de referências bibliográficas, a pesquisa tem como pano de fundo a presença da repressão no território Araguaia-Tocantins. Como resultado, percebe-se que as operações militares tentavam mascarar a dominação política de determinados grupos regionais, sobretudo com a presença do Exército como força de repressão a todos aqueles que eram contra a ‘soberania’, utilizando ainda as Forças Armadas como instrumento de inteligência e cooptação no enredo político-social da região.