EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS EM DUAS ESCOLAS DE MARABÁ-PA: Metodologias de projetos escolares (2016-2023)
Educação das Relações Étnico-Raciais; Projetos Escolares; Ensino de História; Documentos Escolares; Marabá-PA.
A pesquisa em questão busca entender como as escolas de Marabá, no sudeste paraense, estão trabalhando a educação das relações étnico-raciais a partir da lei 10.639/03, e como o Dia da Consciência Negra influência essa implementação. Analisamos como a escola enquanto instituição pode abordar a temática a partir dos sujeitos que a compõem e do lugar espacial e social em que está estabelecida. Assim, examinamos as experiências da comunidade escolar em duas instituições de ensino público: EMEF O Pequeno Príncipe e EEEM Dr. Gaspar Vianna – Anexo I. Como o uso de projetos escolares voltados para a temática revelam sua relevância na luta contra o racismo e na promoção da cultura afro-brasileira. A pesquisa também disserta sobre a apropriação da literatura negra pelo professor/pesquisador de história quanto ao ensino de história e cultura afro-brasileira e africana. Neste estudo temos como marco temporal os anos de 2016 a 2023 e para realizá-lo empreendemos pesquisa em campo na qual selecionamos documentos escolares escritos e visuais, e construímos diálogos que geraram entrevistas com sujeitos pertencentes a comunidade escolar e a luta de combate ao racismo no município de Marabá-PA. A partir da pesquisa foi possível confirmar a pertinência da realização dos projetos em ambas as escolas por contribuir na formação de uma perspectiva distinta sobre as sujeitas e sujeitos que compõem a comunidade escolar refletindo sobre conceitos e comportamentos acerca de identidade étnico-racial, autoestima e empoderamento de pessoas que outrora foram racializadas. O uso da literatura negra no ensino aprendizagem se mostrou eficiente por estimular a leitura e possibilitá-los experienciar realidades próximas e distantes aos estudantes, criando certa empatia a eles. Apreendemos que ainda há necessidade de se investir na formação tanto inicial quanto continuada de professores, pois não basta querer debater a temática é importante aprender como fazer.