“FOMOS E SOMOS O SUMO DESSA LUTA”: escovando reminiscências de educadores(as) do campo
Amazônia Oriental. Memória. Educação do Campo. Dinâmicas socio
educacionais.
A pesquisa analisou memoriais de vida-formação de egressos (as) do curso de Educação do
Campo, Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará, discorrendo sobre marcas conscientes
e inconscientes do neoliberalismo na educação. Das interações de vida e da pesquisa, os temas
foram consubstanciados à práxis reivindicatórias de coletivos nacionais e regionais de
estudantes e licenciados/as em Educação do Campo. A dissertação, dessa forma, apresenta duas
partes: a primeira traz a reelaboração e escovação das reminiscências da pesquisadora e de
egressos (as). Destacam-se temáticas, como a migração, luta pela terra, capitalismo e vivências,
por vezes traumáticas, da formação. A segunda traz interações da pesquisa com egressos (as),
na elaboração de reivindicações, evidenciando a inserção dos licenciados (as) nos editais de
concursos públicos, no Brasil e na região. Metodologicamente, o projeto político pedagógico
do curso; 12 memoriais (TCCs), do período de 2019 a 2023, além de caderno de campo e
revisões bibliográficas interdisciplinares, com ênfase em temas relevantes na região Sul e
Sudeste do Pará, como território, educação do campo, fronteira e capitalismo orientaram a
pesquisa. Como resultados, nós, egressos(as), somos duramente afetados pelas estruturas do
capital neoliberal e suas formas de exclusão, inclusive às tramadas à educação. Há necessidade
de reeducação constante dos processos de enfrentamento a essa (ir)racionalidade
empreendedorista e civilizatória, cabendo à Universidade Federal do Sul e Sudeste - em especial
ao curso de Educação do Campo e aos Movimentos Sociais do Campo, da Floresta e das Águas
- efetiva práxis de disjunção aos mecanismos de aniquilação ontológica.