Ensino de História, passados sensíveis e ditadura militar na cidade de Marabá em tempos negacionistas
ensino de história; memória; temas sensíveis; história do tempo presente; negacionismo
Tratamos de questões teóricas ligadas a ditadura militar no Brasil, através das relações com a memória e a produção de história do tempo presente nos últimos dez anos referentes à temática objeto de estudo dessa dissertação. Dialogaremos com os conceitos “memória” e “questões socialmente vivas” para debater o ensino de História e a ditadura militar. Dialogaremos no campo da memória com Nora (1993), Le Goff (2010), Pollack (1992, 1989) para compreender as memórias sociais produzidas dentro do campo da ditadura militar no passado e no tempo presente. Vamos buscar entender qual motivo levou grande parte da sociedade brasileira e marabaense a utilizar o passado como instrumento político nos dias contemporâneos exaltando os “feitos” da ditadura militara partir de 2014? Demonstrando como esta situação é debatida no ensino de História em uma escola pública de Marabá. As fontes utilizadas nesse trabalho foram textos acadêmicos sobre a ditadura militar, documentos oficiais da câmara municipal de Marabá, documentos jornalísticos, documentos do SNI, imagens retiradas de museus e da internet. A partir dos resultados dessa pesquisa propõe-se como produto uma sequência didática sobre a ditadura militar na cidade de Marabá, através de textos historiográficos, charges, imagens para problematizar o passado sensível no tempo presente. Desse modo, o produto desta pesquisa foi pensado a partir de diversos tipos de fontes históricas, com objetivo de servir como subsídio para pensar a educação para a cidadania em tempos de fakes News e de negação do passado autoritário na cidade de Marabá.