ANÁLISE DOS CRIMES AMBIENTAIS NO MOSAICO DE CARAJÁS, SUDESTE PARAENSE, AMAZÔNIA ORIENTAL:
UMA INVESTIGAÇÃO ESPACIAL DOS PADRÕES DE OCORRÊNCIA E A RELAÇÃO COM A PAISAGEM
geoprocessamento; auto de infração; Áreas protegidas.
O Mosaico de Carajás está inserido dentro da Serra dos Carajás, uma imensa província mineral, situada no interior da Amazônia, na região norte do Brasil. O Mosaico é composto, por Unidades de Conservação e uma Reserva Indígena. As áreas protegidas do Mosaico sofrem bastante pressão antrópica, sendo alvos de constante fiscalização dos Órgãos ambientais visando punir e minimizar os crimes ambientais. O diagnóstico desses crimes é essencial para tomada de decisões e gestão integrada, bem como auxiliar na avaliação dos impactos ambientais e no monitoramento ambiental. Este trabalho objetiva avaliar a distribuição espacial dos crimes ambientais no Mosaico de Carajás, visando verificar padrões espaciais. Para isso, utilizamos os bancos de dados de autos de infração do Núcleo de Gestão Integrada do Mosaico de Carajás (NGI Carajás) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). Esses dados foram trabalhados em ambiente SIG (Sistema de Informação Geográfica), utilizando técnicas de geoprocessamento, tais como a espacialização, estimativa de densidade de Kernel e a caracterização do uso e ocupação do solo. Os resultados preliminares demonstram uma quantidade significativa de crimes ambientais na região do Mosaico de Carajás, principalmente na região noroeste e leste de sua zona de amortecimento. Nos limites das áreas protegidas, os crimes ambientais acontecem principalmente na FLONA do Tapirapé-Aquiri e na FLONA Itacaiúnas.