ECOS DO FASCISMO NO BRASIL CONTEMPORÂNEO E SEUS REFLEXOS EM SALA DE AULA
Ensino de História; Fascismo; extremismo; revisionismo histórico-negacionista; bolsonarismo; discurso de ódio; hegemonia; memória histórica
O presente projeto de pesquisa, intitulado “Ecos do Fascismo no Brasil Contemporâneo e seus Reflexos em Sala de Aula”, tem como objetivo central analisar de que forma práticas e discursos autoritários de matriz fascista, adaptados ao contexto brasileiro contemporâneo, impactam o ambiente escolar e a comunidade educacional. A investigação parte da constatação do avanço de discursos de ódio, censura, vigilância e desinformação, especialmente no período pós-2018, marcando um cenário de polarização política que repercute diretamente nas dinâmicas pedagógicas. A pesquisa é fundamentada na teoria da hegemonia de Antonio Gramsci e na análise crítica de autores como Umberto Eco, Alysson Mascaro e Leandro Gonçalves. A metodologia qualitativa envolve revisão bibliográfica, análise documental, entrevistas com professores e alunos, além de observação participante em escolas do município de Parauapebas (PA), cenário representativo das tensões entre discursos hegemônicos e contra-hegemônicos no Brasil. Dentre os objetivos específicos, destaca-se a investigação dos efeitos de programas como o “Escola Sem Partido” sobre a liberdade docente e o pensamento crítico, bem como a análise da adaptação de ideologias fascistas no Brasil atual, tomando como referência histórica o integralismo dos anos 1930. O estudo propõe ainda estratégias pedagógicas voltadas à valorização da diversidade, da inclusão e da cidadania democrática. Assim, o trabalho busca contribuir para a construção de uma narrativa histórica do tempo presente, revelando como o ambiente escolar se torna palco de disputas ideológicas que transcendem o espaço da sala de aula, influenciando a formação das novas gerações e o papel da escola como aparelho privado de hegemonia.