ANÁLISE DOS MODELOS MATERIAIS NO ENSINO DAS CIÊNCIAS NATURAIS A PARTIR DA EPISTEMOLOGIA COGNITIVISTA
Antirrealismo. Entidades. Modelos Materiais. Observável
Modelos são importantes componentes na atividade científica, entretanto sua conceituação,
classificação e função são divergentes diante das diferentes vertentes epistemológicas que
tratam de modelos em ciências. Correntes como o realismo e antirrealismo da filosofia da
ciência discutem a importância dos modelos colocando-os em patamares distintos. Diante
disso, duas teorias elevam os modelos a patamares tão altos colocando-os como peça central
na ciência; é caso do Empirismo Construtivista, defendido por Bas van Fraassen, e a
Epistemologia Cognitivista de Ronald Giere. Dada essa importância, é necessário discutir o
papel dos modelos no ensino de ciências naturais, averiguando se tais estruturas recebem um
destaque tão elevado e significativo no ensino. Alguns estudos sobre prática científica já se
dedicam à exploração dos modelos mentais (formações abstratas e pessoais de um indivíduo);
em contrapartida, os chamados modelos materiais ou icônicos (objetos físicos que
representam fenômenos ou teorias) não recebem tanta atenção nos estudos sobre atividade
científica, e muitas vezes não tem sua importância notada nas ciências naturais. Diante de tal
cenário, o presente estudo teve o objetivo de compreender a aplicação e participação dos
modelos físicos/materiais no ensino de ciência naturais. Para tal, foi realizada a revisão
integrativa da literatura adaptada para área de ensino, utilizando todas as suas etapas:
definição de problema; critérios de busca; análise do conteúdo encontrado; categorização de
resultados; apresentação de resultados. Os resultados mostraram pesquisas sobre a produção
de modelos físicos no ensino de ciências em diferentes enfoques, sendo aqui categorizados em
quatro segmentos: Recursos Tecnológicos, Métodos Alternativos, Acessibilidade e
Representação.