(Re)escrevendo a história de nossos ancestrais no amealhar saberes primevos para deles fazer saberes escolares
Saberes primevos. Saberes escolares. Saberes científicos. Ensino. Formação continuada de professores de Ciências da Natureza
Esta pesquisa tem o intuito de investigar saberes primevos em risco de extinção detidos por pessoas anosas, moradoras da Vila de Porto Grande, município de Cametá/PA, verificando a possibilidade de dialogarem com o conhecimento científico, para transformá-los em saberes escolares e posteriormente, serem utilizados por professores de Ciências da Natureza atuantes na Vila. Na ocasião se procura elaborar propostas a serem implementadas por meio de formação continuada. Para isso se realizou um aprofundamento a respeito do que são saberes primevos (também chamados de saberes populares, tradicionais, ou etnossaberes) a fim de elaborar propostas que possam contribuir no contexto da formação continuada, promovendo a alfabetização científica de professores de uma comunidade pertencente ao município de Cametá/PA. Para esta discussão, destaco principalmente, os pressupostos teóricos defendidos por Chassot (2019, 2018, 2016, 2014, 2008, 2003), Oliveira (2017), Eleutério (2015), Ceolin (2015), Gondim (2007), dentre outros. A pesquisa encaixa-se na abordagem qualitativa e aproxima-se do tipo exploratória. O instrumento de coleta de dados foi entrevista semiestruturada realizada junto aos colaboradores. Mediante a revisão de literatura, para aprofundamento da temática, pude obter um melhor embasamento por meio da constatação, relevância e resgate dos saberes primevos. Não obstante sua importância e riqueza, os saberes primevos não são, de maneira usual, validados pela ciência, e talvez por isso, muitas vezes, são desvalorizados em algumas situações formais de ensino.