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Banca de DEFESA: LUZICLAUDIA DE FRANÇA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LUZICLAUDIA DE FRANÇA SILVA
DATA: 28/02/2020
HORA: 09:00
LOCAL: Unidade 3 Unifesspa
TÍTULO:

JOGO POLÍTICO E FORMAS DE APROPRIAÇÃO DA TERRA: AS REDES E TESSITURAS DA TERRITORIALIZAÇÃO DO AGRONEGÓCIO NO SUDESTE DO PARÁ


PALAVRAS-CHAVES:

Amazônia. Territorialização. Agronegócio. Elite agrária


PÁGINAS: 111
GRANDE ÁREA: Outra
ÁREA: Interdisciplinar
RESUMO:

O presente trabalho investiga a territorialização do agronegócio no Sudeste Paraense, a partir da redemocratização do Brasil, em 1985, quando em meio ao debate sobre o Plano Nacional de Reforma Agrária, estruturam-se as alianças sociopolíticas e econômicas que possibilitaram o desenvolvimento do agronegócio no país. A área estudada é a região Sudeste do Pará, considerada como região de fronteira econômica, onde a disputa pelo acesso aos recursos naturais se personifica nos conflitos por terra, tornando-a uma das mais violentas do Brasil. O aporte teórico-metodológico de Pierre Bourdieu (2011) com sua teoria dos campos, foi relevante para a reflexão do jogo político dos atores na defesa do agronegócio. Para compreender como o território se forma a partir das redes de sociabilidade sociopolítica e econômica recorremos ao aporte teórico de Santos (2008) e Raffestin (1993). Desvendar o caminho percorrido pela elite agrária regional para se estruturar, exigiu pesquisar os contextos sociopolíticos e econômicos que colaboraram para isso, como por exemplo, as relações de trabalho e o jogo político em torno da apropriação da terra da terra. O percurso metodológico, iniciou com o levantamento bibliográfico, que ajudou na delimitação do tema e na elucidação dos conceitos necessários à interpretação dos dados. A coleta de dados ocorreu através de publicações da Comissão Pastoral da Terra (CPT), de reportagens de jornais e revista de circulação nacional e regional e de publicações internas da Faepa (Federação da Agricultura e Pecuária do Pará), disponibilizadas pela entidade.  Iniciamos com uma reflexão sobre a estruturação e consolidação de uma elite econômica na região, baseada na economia extrativista mercantil. Com o controle econômico e político da terra, essa elite expandiu seus empreendimentos e seu poder na região. A implementação dos projetos desenvolvimentistas do Estado, atraiu para a região a elite agroindustrial do Centro-Sul do país, a qual se articula, para compor o poder político e econômico regional, causando a impressão de declínio do poder da elite local. Contudo, ocorre a reconfiguração da atuação política dos atores locais, agora voltados ao agronegócio, que se associam à elite política nacional, para manter o monopólio da terra, fonte do seu poder político e econômico. A territorialização do agronegócio no Sudeste do Pará é resultado desse jogo político sobre a posse da terra, no qual os atores se organizam formando uma rede de sociabilidade, que integra atores internos e externos à região, ligados ou não ao agronegócio. Essa rede é formada por tessituras, amplas e complexas, por meio das quais o agronegócio coloca em prática as estratégias que possibilitam sua territorialização.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1698392 - EDMA DO SOCORRO SILVA MOREIRA
Interno - 248.871.102-00 - AIRTON DOS REIS PEREIRA - UEPA
Externo à Instituição - RODRIGO DA COSTA CAETANO
Notícia cadastrada em: 03/03/2020 15:47
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