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Banca de DEFESA: ANASTACIA PAVAO OLIVEIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANASTACIA PAVAO OLIVEIRA
DATA: 30/08/2021
HORA: 14:30
LOCAL: ON LINE PDTSA/UNIFESSPA
TÍTULO:

Nós somos as Maria da terra: a luta política feminina em simbiose com o processo de territorialização no Projeto de Desenvolvimento Sustentável Porto Seguro – sudeste paraense


PALAVRAS-CHAVES:

Luta pela terra; Protagonismo feminino; território; processos de territorialização; reprodução social


PÁGINAS: 112
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Agronomia
RESUMO:

A Amazônia  é percebida pelo Estado como um campo de possibilidades para a consolidação de propostas de desenvolvimento, principalmente a partir das décadas de 1960-1970. O Estado incentiva, nesta região, as dinâmicas socioterritoriais de desenvolvimento exógenas, para a implantação de projetos baseados no uso da natureza como fonte de recurso. Nesta dinâmica uma frente de migrantes é mobilizada e vem em busca das terras prometidas a partir do slogan “terra sem homens para homens sem-terra”. Como forma de acirrar a ocupação da região, os governos investem no monocultivo de capim para implantação de pastagens que irão subsidiar a pecuária bovina e esta passa a modificar a paisagem e a dinâmica local, ajustando-se a necessidade governamental de ocupação de área em larga escala. Essa dinâmica expressa-se na agricultura familiar da mesorregião sudeste do Pará e adoção de atividades que se pautem em diversificação de atividades apresenta-se como contraponto a lógica implantada. É neste contexto que o PDS Porto Seguro é criado, na cidade de Marabá/PA, com a proposta de trabalhar com atividades de baixo impacto. A dinâmica das famílias na comunidade passa a ter necessidade de desenvolver-se em sistemas de produção de base diversificada em um território que tem como predomínio a pecuária extensiva. Um fato importante chamou a nossa atenção, pois no assentamento a representatividade das lideranças femininas é potente desde as primeiras ocupações, passando pelas formas organizativas e se insinuando também nos estabelecimentos familiares agrícolas mesmo após a oficialização do assentamento. Apesar desse cenário, tem-se ainda um insuficiente registro do papel político das mulheres no que se refere às lutas que recobrem o sudeste paraense. Por isso, a pesquisa tem como objetivo compreender exatamente o protagonismo político feminino na conformação do território e dos processos de territorialização no PDS Porto Seguro, a partir da relação mulher, terra e família. A história oral foi utilizada como instrumento metodológico por permitir a aproximação com estas vozes historicamente ocultadas e/ou silenciadas. A análise é permeada de tensões com o Estado e internamente, pois as mulheres buscam romper com o papel social que lhes fora atribuído historicamente a partir dos vários espaços em que ocupam. São mulheres cujas memórias e biografias permeiam-se de processos migratórios, tendo em vista a manutenção dos núcleos familiares no campo.  A possibilidade que o campo se consolide como o lugar da reprodução social gera relações de simbiose da relação mulher-terra-família para manutenção da vida no território. Para isso, lançam mão de várias estratégias de re-existência: pelo silenciamento, contato físico e pelo trabalho. Significa dizer que as resistências ocorrem também no cotidiano e assumem diferentes aspectos, sendo muitos deles praticamente invisíveis.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1495361 - ANDREA HENTZ DE MELLO
Interno - 1698392 - EDMA DO SOCORRO SILVA MOREIRA
Interno - 1338616 - LAILA MAYARA DREBES
Externo à Instituição - ROSEMERI SCALABRIN
Notícia cadastrada em: 31/08/2021 16:53
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