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Banca de DEFESA: RAISSA LADISLAU LEITE

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RAISSA LADISLAU LEITE
DATA: 30/08/2022
HORA: 15:00
LOCAL: Sala PDTSA
TÍTULO:

BRECHAS & ARTESANIAS:

Dinâmicas de resistência de mulheres negras artistas em Marabá, Pará

 


PALAVRAS-CHAVES:

História de vida; Mulheres Negras; Arte; Resistências.


PÁGINAS: 103
GRANDE ÁREA: Outra
ÁREA: Interdisciplinar
RESUMO:

Atualmente o debate sobre as mulheres negras está em evidência em diferentes espaços e esferas da sociedade, seja nos debates políticos, sociais, ambientalistas ou culturais, ou ainda nas esferas acadêmicas. Este trabalho tem como tema, os processos de resistência de mulheres negras artistas em Marabá. Sendo assim, objetiva apresentar a potência de suas trajetórias, práticas e discursos de confrontação quando estas assumem posturas que questionam os padrões sociais – como os de raça e gênero – acionando a interseccionalidade como ferramenta para evidenciar como se posicionam no contexto de uma sociedade racista e patriarcal. Desse modo, entender como tais mulheres buscam modos de constituição de liberdades, os aspectos de como se percebem e se afirmam como mulheres negras, e como mulheres artistas é determinante. Sendo que, os aspectos narrados de suas produções artísticas foram postos em evidência, e essas práticas sugerem que estas se configuram como práticas artísticas de resistência. A metodologia adotada foi a história oral, com a técnica de entrevista de história de vida, e com a seleção de trechos significativos para a análise. O aporte teórico dos processos de subjetivação como resistência, feminismo negro, práticas artísticas se fundamentam em RIBEIRO, 2017; KILOMBA, 2019; hooks, 2020; e para pensar a doloridade e interseccionalidade dialogamos com PIEDADE, 2017; LORDE, 2019; AKOTIRENE, 2019; COLLINS, 2016; CARNEIRO, 2011. Como resultados observou-se nos contextos das narrativas das histórias de vida, os sentidos dos processos de descoberta, identificação e reafirmação como mulheres negras artistas. Nesse sentido é importante mencionar que este trabalho aborda narrativas orais de Vanda Melo, Gracinha Donato e Elena Borges, mulheres negras artistas em Marabá. Percepção que num primeiro momento aponta como cada uma das narradoras anuncia representações de si, e de como vão se elaborando no relato sobre a importância das relações sociais estabelecidas em suas vivências e que por meio das relações, começam a se perceber como negras. Consideramos também as percepções e significados atribuídos ao fazer artístico em suas trajetórias, no caso de Vanda nos seus percursos formativos e autoformativos com os movimentos sociais, na construção de coletivos de cultura, e as aproximações com as discussões e identificação como sujeita do debate étnico-racial e de gênero. E que em Gracinha observamos na atuação artística com a militância cultural ao longo de sua trajetória e atuação nos movimentos sociais da luta pela terra e contra a mineração. E em Elena na experiência que desdobrou-se em práticas artesanais com base muitas vezes no que pode ser encontrado em sua casa e quintal,  isto é, matéria prima natural que não cause impacto ambiental, imprimindo assim sentidos de um artesanato artístico de coexistência entre ela e o planeta. Além de perceber como as experiências dessas artistas vão elaborando suas leituras de mundo, e indicando os significados  que a arte tem para cada uma delas, sendo eles: a arte que corta apontada por Vandinha, a arte que transforma indicada por Gracinha a arte política sinalizada por Elena, evidenciando deste modo a complexidade de suas relações com as práticas artísticas de resistência.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1671219 - IDELMA SANTIAGO DA SILVA
Interno - 1017749 - JERONIMO DA SILVA E SILVA
Externo ao Programa - 3212096 - MIRIAN CRISTINA DOS SANTOS
Notícia cadastrada em: 23/09/2022 16:28
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