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Banca de DEFESA: ELIZAMAR GOMES DA SILVA PUPIO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ELIZAMAR GOMES DA SILVA PUPIO
DATA: 14/04/2018
HORA: 10:00
LOCAL: Mini Auditório
TÍTULO:

AÇAO LOCAL TERRITORIAL: UM ESTUDO EM CONCEIÇÃO DO ARAGUAIA (PA)


PALAVRAS-CHAVES:

território, movimentos sociais, mobilização de atores, resistência, conflito


PÁGINAS: 249
GRANDE ÁREA: Outra
ÁREA: Interdisciplinar
RESUMO:

Esta pesquisa busca refletir sobre os elementos que constituíram os processos de luta, resistência e conflito neste território amazônico, delimitado geograficamente pelo município de Conceição do Araguaia, no recorte temporal compreendido entre a década de 70 aos dias atuais, abrangendo três importantes e decisivos momentos históricos: a migração para o território de colonos e trabalhadores rurais em busca de terra, concomitante à instalação das grandes empresas agropecuárias pela frente expansionista, causando a expropriação e escravizando posseiros, trabalhadores rurais e colonos; a formação e resistência do movimento social à espoliação tendo como consequência a retomada das grandes fazendas agropecuárias e por fim, a reorganização do movimento social em torno das novas demandas coletivas e pela resistência a recentes empreendimentos e investidas do capital com a exploração minerária e a cooptação de pequenas propriedades familiares para o plantio de soja. Esses elementos evidenciaram a luta de classe, além da polarização existente entre os atores que movimentam as relações de poder no espaço territorial por interesses divergentes, principalmente quanto ao uso da terra, redimensionando a lógica de produção e o modo de vida da população. Visando compreender toda a dinâmica que movimenta este espaço de fronteira agrária, a pesquisa apoia-se teoricamente nas reflexões de Maria Gloria Gohn (1997) sobre o paradigma dos movimentos sociais, e Rosa Luxemburgo (1985), David Harvey (2004) e Violeta Loureiro (2010) sobre a mobilização de atores e o conflito social. Como metodologia, busca-se informações bibliográficas e de campo, entrevistando atores que participaram direta e indiretamente desse processo, reunindo elementos para melhor elucidar os fatos e as consequências das ações impostas pelos atores envolvidos: o grande capital, apoiado pelo Estado e a classe desfavorecida, representada por agricultores, posseiros e assentados da reforma agrária. Analisa-se ainda, as estratégias desses atores, enfatizando o movimento social de base e as articulações que o levou à quebra da hegemonia econômica e política com a retomada das terras cedidas ao capital e a retirada da oligarquia do poder público local. As estratégias extrapolaram a principal bandeira de luta, a terra, elevando ao protagonismo a categoria de mulheres trabalhadoras rurais. A pesquisa desenvolvida na perspectiva qualitativa traz como objeto de estudo a apreciação sobre a atuação dos atores ora citados, bem como suas estratégias de defesa pelos interesses individuais. Como resultados tem-se como principal fator da polarização, o sistema de dominação impregnado desde o início da exploração dos recursos naturais do território, permeado pela injustiça, fragilizando as relações socioeconômicas, políticas, ambientais e culturais dos atores que ali interagem. Aponta-se ainda a ascensão e força do movimento social de base apoiado pela Comissão pastoral da terra e pelo movimento eclesiástico de base e a multidimensionalidade de questões que se inter-relacionam no território.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1698392 - EDMA DO SOCORRO SILVA MOREIRA
Externo à Instituição - MARIA JOSE DA SILVA AQUINO TEISSERENC
Presidente - 537.809.812-20 - PIERRE TEISSERENC - UFPA
Notícia cadastrada em: 10/04/2018 10:27
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