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Banca de DEFESA: ANA LÉIA BISPO DE SOUZA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANA LÉIA BISPO DE SOUZA
DATA: 25/05/2018
HORA: 09:00
LOCAL: Auditório PDTSA
TÍTULO:

TÁTICAS PRODUZIDAS NA TRAJETÓRIA DE PROFESSORAS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL DE GOIANÉSIA DO PARÁ-PA


PALAVRAS-CHAVES:

Gênero; Educação especial; Trajetórias e táticas; Cuidado.


PÁGINAS: 59
GRANDE ÁREA: Outra
ÁREA: Interdisciplinar
SUBÁREA: Sociais e Humanidades
RESUMO:

 

Este trabalho analisa a trajetória docente de professoras da educação especial, buscando pontuar suas táticas produzidas no cotidiano da ação educativa. Foram analisados cinco relatos de professoras da educação especial e, nestes, as marcas discursivas relativas a gênero. No aspecto teórico e metodológico, o trabalho mobiliza uma rede conceitual baseada nas categorias teóricas “trajetórias e táticas”, de Michel de Certeau, e “gênero”, com amparo em Perrot, Butler, Louro e Chamon. A singularidade da trajetória das professoras aparece nos detalhes, nas táticas do cotidiano docente: mobilização de parentes e amigos para ajudarem nas ações da escola, viagens para fora do município em busca de formação, confecção de material pedagógico, preocupações com o bem-estar dos alunos, banhos e trocas de roupa, evidenciando-se um lugar de gênero fortemente associado à maternidade. A singularidade da trajetória dessas professoras é analisada em duas categorias empíricas: “autoformação” e “cuidado e maternagem”. Na primeira, percebe-se que as docentes assumem a responsabilidade pelo próprio processo formativo, num tempo em que a inclusão ainda não era entendida como tarefa do Estado. Na segunda, as táticas de maternagem são mobilizadas através dos saberes do cuidar, próprias de um lugar tradicional de gênero. As táticas assumidas, tanto de autoformação quanto de cuidado e maternagem, ignoram a existência do estado e tomam para si suas obrigações, assumindo a educação especial em implementação como tarefa particular. Assim, o lugar de gênero assumido pelas professoras de aproxima muito mais das tarefas de cuidado do que das funções pedagógicas. Elas tendem a se tornar, no esforço de fazer a educação chegar aos alunos com deficiência, cuidadoras. Fortalece-se uma identidade de gênero tradicional, definindo-se um lugar de mulher associado a tarefas de suporte familiar e social, e uma identidade docente pouco associada às questões próprias da profissão.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2182430 - HILDETE PEREIRA DOS ANJOS
Interno - 1671219 - IDELMA SANTIAGO DA SILVA
Externo à Instituição - MARIA DE LOS ANGELES ARIAS GUEVARA
Notícia cadastrada em: 27/04/2018 10:54
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