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Banca de DEFESA: KELLY CAROLYNE CIRQUEIRA ALVES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: KELLY CAROLYNE CIRQUEIRA ALVES
DATA: 17/02/2020
HORA: 15:00
LOCAL: Auditório do PDTSA
TÍTULO:

NARRAR A DOR PORQUE LUTAR É PRECISO: UMA ANÁLISE DISCURSIVA DA LITERATURA DE TESTEMUNHO EM POESIAS DE TRABALHADORES SEM-TERRA


PALAVRAS-CHAVES:

Poesia, MST, Literatura Testemunhal, Discurso


PÁGINAS: 137
GRANDE ÁREA: Outra
ÁREA: Interdisciplinar
SUBÁREA: Sociais e Humanidades
RESUMO:

A presente pesquisa tem por objetivo analisar o acontecimento discursivo de poesias do MST (Movimento dos trabalhadores Sem-Terra) que circulam dentro do movimento como literatura de testemunho. As poesias analisadas são utilizadas pelo MST nas místicas do movimento como formas de resistência, para impulsionar os trabalhadores na luta; a poesia no movimento assim como outros gêneros artísticos possui não só esse viés de resistência e animação, mas também uma vertente pedagógica para que o trabalhador se eduque pela arte, a partir das experiências de violência às quais são constantemente submetidos. Para contextualizar a pesquisa, são discutidas a criação e territorialização do MST no estado do Pará, a partir de autores que discutem a história da região. Completam o contexto um debate sobre cultura e poesia no movimento e discussões sobre os conceitos chaves para a análise: literatura de testemunho, memória coletiva e memória traumática. Para o trabalho analítico foram escolhidas três poesias que circulam no MST, sendo a primeira um testemunho primário e as outras duas, testemunhos secundários. A partir das análises, observa-se a existência de uma linguagem que valoriza a experiência de luta, do trauma e da violência para impulsionar as formas de luta e resistência que ganham outra dimensão no campo da arte e da literatura, se constituindo enquanto um testemunho da violência em que os sujeitos estão submetidos. A arte poética se constitui, então, como um espaço de que esses sujeitos se apropriam, seja para criar um discurso pedagógico que assume um fazer político, como no primeiro poema intitulado “19 de impunidade” ou para a produção e circulação de um herói, como observamos no segundo poema intitulado “Oziel, o Zumbi do Pará”, no qual o poeta se esforça para criar uma produção discursiva de herói como referência aos trabalhadores do movimento a partir da memória de dois sujeitos que marcaram a história. Colocando-se também um espaço para a mobilização da memória de massacres, como o Massacre de Eldorado dos Carajás que, na poesia, ganha um sentido de instrumento de luta e resistência, como observado na análise do terceiro poema, intitulado “O sangue jorra”, no qual o poeta faz uso da memória dando um novo significado a partir do contexto de luta que o movimento vivencia. Acontecendo de novo, no campo poético, como produção discursiva, a experiência coletiva de violência ganha forma de testemunho e se reconfigura como experiência pedagógica de resistência.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2182430 - HILDETE PEREIRA DOS ANJOS
Interno - 2152839 - NILSA BRITO RIBEIRO
Externo à Instituição - MÁRCIO ARAÚJO DE MELO
Notícia cadastrada em: 22/01/2020 15:53
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