MĒ AKRE: estudantes indígenas nos cursos de formação de professores que ensinam matemática e as políticas de ações afirmativas
Ensino Superior. Educação Matemática. Estudantes Indígenas. Ações Afirmativas. Interculturalidade.
O presente trabalho situa-se no campo de estudos da educação matemática e tem como objetivo analisar de que modo esta área pode colaborar para a permanência e progresso acadêmico de estudantes indígenas que ingressam por meio de ações afirmativas nos cursos que habilitam professores de Matemática (Licenciatura em Matemática e Educação do Campo) da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa). Como suporte teórico, trabalha-se o conceito de interculturalidade crítica, pautado em uma perspectiva decolonial, por entender-se que tais conceitos são fundamentais para a permanência e progresso acadêmico dos estudantes indígenas no contexto universitário. Em se tratando dos aspectos teórico-metodológicos, a pesquisa tem como fio condutor a abordagem qualitativa, de natureza descritivo-exploratória. Também será realizada uma pesquisa documental a partir dos seguintes documentos: editais de ingresso do Sistema de Seleção Unificada (SISU), edital de seleção para indígenas e quilombolas (PSIQ), editais de programas de assistência para estudantes indígenas, Projeto Pedagógico de Curso (PPC) dos cursos de Licenciatura em Matemática e Educação do Campo, Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), todos no contexto da Unifesspa. Tais documentos serão examinados à luz do referencial teórico adotado pela pesquisa, sobretudo pela perspectiva da interculturalidade crítica. Espera-se, com esta pesquisa, contribuir com reflexões sobre a decolonização da universidade, concebendo-a como um espaço plural, na qual saberes tradicionais e científicos possam pautar-se a partir de um diálogo intercultural e interepistêmico.