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Banca de DEFESA: JHEMERSON DA SILVA E NETO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JHEMERSON DA SILVA E NETO
DATA: 15/03/2022
HORA: 15:00
LOCAL: Google Meet - PPGECM
TÍTULO:

ESTUDANTES INDÍGENAS NO CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA DA UNIFESSPA E AS POLÍTICAS DE AÇÕES AFIRMATIVAS


PALAVRAS-CHAVES:

Educação Matemática. Formação de Professores Indígenas. Ações Afirmativas. Interculturalidade.


PÁGINAS: 185
GRANDE ÁREA: Outra
ÁREA: Multidisciplinar
RESUMO:

O presente trabalho situa-se no campo de estudos da Educação Matemática, mais especificamente, nas discussões sobre currículo e ações afirmativas na formação de professores e professoras que ensinam Matemática. Tem como objetivo compreender de que modo a Educação Matemática, esta área, pode colaborar para a permanência e progresso acadêmico de estudantes indígenas que ingressam no curso de Licenciatura em Matemática da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa). Como suporte teórico, trabalha-se o conceito de interculturalidade crítica, estudos decoloniais/pós-coloniais e uma perspectiva teórica de Educação Matemática pautada na dimensão cultural na construção de saberes e fazeres, aproximando-a com os conceitos supracitados, como a Etnomatemática, concebendo esta como uma forma de opção decolonial dentro da Educação Matemática. Entende-se que tais conceitos são fundamentais para a permanência e progresso acadêmico dos estudantes indígenas no contexto universitário. Em se tratando dos aspectos teórico-metodológicos, a pesquisa tem como fio condutor a abordagem qualitativa, de natureza descritivo-exploratória. Também realizou-se uma pesquisa documental a partir dos seguintes documentos: edital de ingresso do Sistema de Seleção Unificada (SISU), edital do Processo Seletivo para Indígenas e Quilombolas (PSIQ), Projeto Pedagógico de Curso (PPC) do curso de Licenciatura em Matemática e Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), todos no contexto da Unifesspa. Tais documentos foram examinados à luz do referencial teórico adotado pela pesquisa, sobretudo pela perspectiva da interculturalidade crítica. Os resultados apontaram que apesar do esforço da Unifesspa em propor ações afirmativas para estudantes indígenas, sobretudo no que tange ao ingresso, há um baixo índice de conclusão por parte desses, ao passo que se tem um número preocupante de cancelamento de matrículas, o que mostra que a instituição ainda é um espaço marcado pelas linhas abissais. Não obstante, ações como a criação do Núcleo de Ações Afirmativas, Diversidade e Equidade, bem como programas institucionais, tais como o Paind e o Padi (este como uma possibilidade de engajamento da Educação Matemática) podem favorecer a permanência de tais atores sociais, desde que sejam concebidos a partir de diálogos e negociações com os atores sociais envolvidos. No que tange ao PPC de Matemática, destacase que este deve alinhar-se ao projeto institucional, de modo a possibilitar diálogos interculturais em seu currículo, a fim de favorecer e contemplar a história, culturas, saberes e fazeres e modos outros de ler o mundo, especialmente dos povos indígenas do sul e sudeste paraense. Há um caminho longo para a decolonização da universidade, mas nota-se que apesar de nova, a Unifesspa caminha neste sentido, de modo a sulear o fazer universitário, para que a universidade se transforme em pluriversidade, ou subversidade.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2556176 - ANA CLEDINA RODRIGUES GOMES
Interno - 1102772 - JOSE SAVIO BICHO DE OLIVEIRA
Externo à Instituição - ANTÔNIO HILÁRIO AGUILERA URQUIZA
Notícia cadastrada em: 19/04/2022 10:09
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