VIOLÊNCIA ENTRE OS ESCOLARES DO 9º ANO DO ESTADO DO PARÁ: análises e reflexões sobre os dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) 2015
Violência; Violência e educação; Violência e sociedade; Saúde na escola.
A vulnerabilidade à violência juvenil tem sido objeto de estudos para avaliar o desempenho escolar, visto que a exposição a violências e a situações que vêm em conjunto com a violência pode causar grandes prejuízos ao indivíduo, desde um desempenho acadêmico ruim, resultando na evasão escolar, ou até comportamentos violentos, indisciplina, criminalidade etc. Este trabalho trata-se de um estudo de caso, de caráter descritivo, realizado com dados secundários adquiridos a partir do banco de dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar – PeNSE realizada em 2015. A amostra é composta de adolescentes com idade entre 13 e 17 anos que estavam cursando o 9º ano do ensino fundamental em 2015, no estado do Pará, Brasil. O banco de dados foi construído no programa Microsoft Excel 2019, no qual também foram criados gráficos para melhor visualização dos resultados. Dentre os resultados, observou-se que 53% dos escolares eram do sexo feminino, 58% pardos, sendo que cerca de 14% não moravam com a mãe e cerca de 41% não moravam com o pai. Apenas 15% das mães dos escolares possuíam curso superior completo; 28% dos escolares moravam com 4 pessoas, contando com eles mesmos. Além disso, 42% dos escolares pretendiam cursar pós-graduação; cerca de 40% dos escolares já sofreram bullying em algum momento da sua vida e 5% informaram ser a aparência física o motivo para o bullying; 17% dos escolares afirmaram já ter praticado bullying. Aproximadamente, 5% dos escolares relataram que já foram forçados a manter relações sexuais com alguém, sendo que 3,5% da amostra afirmou que foi forçada por um familiar, amigo ou conhecido a manter relação sexual. Destaca-se que as crianças estão em formação de personalidade pessoal e que tudo o que as envolve socialmente é importante nesse momento. Situações de violência vivida e/ou presenciadas na infância podem influenciar negativamente o jovem a ponto de ter repercussões negativas para toda a vida.