INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS MATEMÁTICOS: Compreensão de problemas algébricos no ensino fundamental sob a reflexão da filosofia da linguagem de Wittgenstein
Interpretação. Compreensão. Jogo de linguagem. Textos matemáticos. Álgebra.
Esta pesquisa visa investigar a interpretação de textos matemáticos, envolvendo álgebra, por alunos do ensino fundamental - anos finais de algumas escolas públicas do município de Canaã dos Carajás no Estado do Pará. Ela procura responder à pergunta: como os alunos do fundamental de Canaã dos Carajás interpretam textos com linguagem algébrica? Logo, tem como objetivo analisar as atividades interpretativas dos estudantes no momento de leitura dos enunciados das questões algébricas, bem como investigar a compreensão que eles fazem dos textos matemáticos e quais palavras são desconhecidas por eles, e também comparar o processo interpretativo realizado entre eles considerando cada ano escolar. Para isso, foi realizado um estudo de caso, com abordagem qualitativa e de natureza descritiva por meio de questionário e entrevistas semiestruturadas com um total de dezesseis alunos, sendo esses alunos uma pequena amostra de quatro escolas do município. A base teórica versará sobre a filosofia da linguagem de Ludwig Wittgenstein, focando na sua segunda linha de pensamento retratada na obra Investigações filosóficas, que não institui uma teoria, mas sim uma terapia filosófica para a compreensão de fundamentos filosóficos, que causam confusão na linguagem. A obra traz, portanto, expressões marcantes como: jogos de linguagem, formas de vida, semelhanças de família, gramática da matemática, regras e uso. Este estudo busca averiguar a interpretação dos alunos em paralelo com a linguagem dos textos matemáticos no contexto do estudante. Desse modo, a análise dos dados está direcionada para três categorias: 1) como usam as palavras?; 2) como reagem ao texto? e 3) como explicam a resolução? Numa análise inicial, é possível perceber que, em sua maioria, eles compreendem as palavras que formam os textos algébricos, porém, nem sempre, a linguagem algébrica tem a mesma compreensão, mas eles buscam outras alternativas para a resolução das questões.