ANÁLISE ESPACIAL DO DESMATAMENTO NA AMAZÔNIA
Amazônia; Análise espacial; Desmatamento; Pecuária, Estradas; Mercados consumidores.
O bioma Amazônia representa cerca de 49% do território brasileiro, até meados do século XX se encontrava pouquíssimo desmatado, todavia com o processo de ocupação que avançou rapidamente a partir da década de 1960 houve igualmente acelerada supressão da floresta tropical que caracteriza o bioma, chegando, em 2017, a 70,1 milhões de hectares de área desmatada, correspondendo a 16,7% da floresta do bioma no Brasil. Neste contexto, a pesquisa analisou, em termos empíricos, as principais causas aparentes do desmatamento nos 513 municípios que compõem o bioma. Recorrendo às principais variáveis citadas pela literatura realizou-se a modelagem matemática do desmatamento mediante a utilização métodos de regressão distinto. O trabalho conclui que o modelo de regressão não espacialmente ponderado é inadequado para se realizar uma aproximação à aparência manifesta do processo de desmatamento do bioma e indica que dentre o modelo de regressão espacial autorregressivo misto, o modelo de regressão com erro espacial e o modelo de regressão com regimes espaciais, o último é o mais adequado para captar as aparentes causas do desmatamento, conclui também que a expansão do rebanho bovino, a ampliação das estradas e a proximidade com centros consumidores são os principais fatores que concorrem para o desmatamento do bioma e que estes fatores têm pesos muito diferenciados em determinadas porções do bioma.