Análise de Impacto Ambiental utilizando a Fauna de Solo como Bioindicador: Estudo de Caso
Indicador de impacto ambiental; Perícia ambiental; Unidades de Conservação, Crime ambiental.
A dificuldade na averiguação de crimes ambientais é a interferência na escala da paisagem e nos diferentes aspectos estruturais. Embora um marco no ordenamento jurídico brasileiro a lei de Crimes Ambientais, a averiguação quantitativa da gravidade de um determinado crime ambiental é complicado. No entanto, uma possibilidade que exploramos é a utilização de um protocolo rápido e eficiente de medir a biodiversidade de um importante componente ambiental, a fauna de solo. O estudo buscou avaliar um auto de infração ambiental por desmatamento lavrado pelo ICMBio utilizando a fauna de solo como bioindicador de impacto ao meio ambiente. Escolhemos duas áreas: uma área no Parque Nacional dos Campos Ferruginosos onde foi lavrado um auto de infração por desmatamento e uma área preservada ("controle") na Reserva Biológica do Tapirapé, ambas no Mosaico de Carajás. Em cada área aplicamos um protocolo padronizado internacional de coleta da fauna de solo (protocolo ALL), que utiliza 20 armadilhas de interceptação e queda (pitfall traps) e 20 amostras de serrapilheira, dispostas em um transecto. As amostras foram levadas para o Museu de Biodiversidade Tauari da Unifesspa, triadas, quantificadas e identificadas. As coletas foram eficientes em amostrar uma grande variedade de grupos taxonômicos, com 22 ordens de insetos (Hexapoda), além de aracnídeos, miriápodos e moluscos. As ordens Hymenoptera e Isoptera foram identificadas em nível de gênero e apresentaram maior número de espécimes coletados com total de 1.902 e 1.956, respectivamente.