MORTE E VIDA SEVERINA, DE JOÃO MCABRAL DE MELO NETO, E AS PRÁTICAS DE LETRAMENTO LITERÁRIO NO
ENSINO FUNDAMENTAL II
Letramento. Leitura. Literatura de cordel. Formação de leitores.
Com base no pressuposto de que a leitura é transformadora e que, mesmo quem declara “não gostar de ler livros” pode ser envolvido com leituras mais “simples” e agradáveis, como a Literatura de cordel, a ponto de despertar o interesse por ela, é que a presente pesquisa objetivou investigar a recepção da Literatura de cordel em uma turma de 3ª Etapa da Educação de Jovens e Adultos, no turno noturno da EMEF e EJA Gov. Alacid Nunes, no município de Goianésia do Pará – PA. A metodologia utilizada foi a pesquisa-ação de cunho qualitativo. Procura, ainda, mostrar que a leitura da Literatura de cordel serve também como uma fonte para despertar o interesse do aluno pela leitura que, na maioria das vezes, está adormecido. Para a leitura em sala de aula, adotamos a sequência básica do letramento literário, a qual Cosson (2016) defende como ferramenta para o professor que deseja organizar as leituras propostas. Esta pesquisa contou ainda, para aportes teóricos, com as concepções de Soares (2017), Kleiman (1999), Street (2014), sobre o Letramento; de Cavalcanti (2016), Cosson (2016), Lajolo (2008), Martins (1994), sobre a Leitura; e de Cascudo (1984), Abreu (1999, 2006) e Pinheiro (1995, 2013), sobre a Literatura de cordel. Esta pesquisa pretende contribuir para a formação de alunos leitores a partir de uma pesquisa-ação promovida com a leitura de folhetos de cordel. A proposta foi despertar o interesse pela leitura, de forma a promover o letramento literário. Atingido esses objetivos, foi possível perceber a importância do incentivo à leitura e, mesmo em casos em que o interesse por ela está adormecido, é possível despertá-lo ao utilizar mecanismos que auxiliam o trabalho em sala de aula.