PRODUÇÃO E REFACÇÃO DE TEXTOS NO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL: UMA ANÁLISE DOS MARCADORES ARGUMENTATIVOS NO GÊNERO MEMÓRIA.
Operadores Argumentativos – Articuladores Textuais - Produção Textual – Memorial – Sequência Didática.
Este trabalho tem como objeto de estudo as memórias de infância de um grupo de alunos/as do 9º ano do ensino fundamental da rede pública municipal da cidade de Imperatriz/MA. Memórias na qualidade de gênero é um texto de natureza narrativa (BOENO, 2013), considerado essa primícia, os/as aluno/as contam através de registro escrito histórias que fizeram parte de suas vidas. Os memoriais elaborados pelos/as discentes serão o corpus desta pesquisa, servindo de objetos para análise das dificuldades de produção textual dos alunos e a reflexão de que o uso dos operadores argumentativos e os articuladores textuais são fatores preponderantes para o desenvolvimento de um texto bem escrito. Usamos este gênero por acreditarmos que “todos os enunciados são argumentativos” (FIORIN, 2018) e que os recursos já citados são fios que se entrelaçam para conferir ao texto a função de argumentar. Baseamo-nos estudos de Elias e Koch (2018) que afirmam que a escrita é uma atividade que se realiza de forma situada e negociada portanto, argumentada. No decorrer dessa pesquisa dialogamos a respeito de Sequência Didática (SD), com Dolz; Noverraz e Schneuwly (2004), com Marcuschi, no que se refere a importância do gênero em sala de aula, Antunes (2004) para falarmos sobre as propostas de atividades na escola, Sartori, Travaglia e outros/as que com seus estudos embasam esta pesquisa. Durante a análise das produções iniciais foi possível percebermos que os/as alunos/as compreenderam a estrutura do gênero proposto, porém a aplicabilidade dos articuladores textuais e operadores argumentativos nas produções se mostrou ineficiente, devido à falta de conhecimento discursivo e semântico dessas expressões. Deste modo, o desenvolvimento da sequência didática oportunizou uma reflexão mais ampla sobre o uso desses recursos linguísticos e consequentemente produções de textos mais elaborados do gênero apresentado neste trabalho. Portanto reforçamos a ideia de que o trabalho com a produção textual, no EF, carece de um maior direcionamento nas suas propostas, no que se refere à compreensão dos elementos que entrelaçam e desenvolvem a argumentação de um texto.