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MELK ELOI DA SILVA
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GUERRILHA DO ARAGUAIA (1971-1973):
Narrativas e memórias em disputas
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Data: 15/12/2022
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A presente dissertação tem como objetivo analisar informações, dados e documentos produzidos pelas Forças Armadas, em busca de vestígios de casos de graves violações de direitos humanos praticados na Guerrilha do Araguaia na década de 1970. A Guerrilha do Araguaia foi um movimento revolucionário que tentou enfraquecer o sistema político nacional implantado pelos miliares, por meio da luta armada, mas que na verdade se tornou o palco de uma onda de assassinatos, desaparecimentos, entre outras insurgências, movidas pelas Forças Armadas. Utilizando-se de análise documental dos relatórios de execução das operações militares, além de referências bibliográficas, a pesquisa tem como pano de fundo a presença da repressão no território Araguaia-Tocantins. Como resultado, percebe-se que as operações militares tentavam mascarar a dominação política de determinados grupos regionais, sobretudo com a presença do Exército como força de repressão a todos aqueles que eram contra a ‘soberania’, utilizando ainda as Forças Armadas como instrumento de inteligência e cooptação no enredo político-social da região.
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JULIANA ALVES DE SOUZA
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MULHERES INDÍGENAS E UNIVERSIDADE, SUAS PERSPECTIVAS, VIVÊNCIAS E NARRATIVAS SOBRE AS POLÍTICAS E PERMANÊNCIA - O CASO DA UNIFESSPA, 2014-2022
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Data: 14/12/2022
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A presente pesquisa é fruto de reflexões feitas em torno da presença feminina indígena na Universidade Federal do Sul e Sudeste do Para – Unifesspa, onde percebe-se certas peculiaridades quanto à relação oriunda das ações afirmativas desenvolvidas na instituição. Com isso, pretendemos por meio desta pesquisa destacar o protagonismo feminino e indígena na universidade considerando suas narrativas, e dentro destes elementos compreendermos as formas de agenciamentos que estas mulheres vivenciam na Unifesspa, e também identificarmos diálogos entre Marabá, Unifesspa e a Terra indígena Mãe-Maria, considerando que esta representa uma maioria na instituição.
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RAMON DE SOUZA CABRAL
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A FESTA DO DIVINO ESPÍRITO SANTO NA CIDADE DE MARABÁ (PA), NO SÉCULO XXI: Educação Patrimonial no Ensino de História
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Data: 14/12/2022
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Essa dissertação possibilita um estudo da Festa do Divino Espírito Santo e suas práticas culturais na cidade de Marabá (PA), problematizando o potencial patrimonial da Festa, e sua relação com as estratégias para ensinar a História Local. Demos enfoque à dois grupos do Divino: o Divino da Basilícia e o Divino do Raimundinho; escolhidos em virtude do tempo em atividade e do número de “personagens” na composição do “Império do Divino”, identificados no primeiro, e da juventude (tanto em termos de fundação quanto de composição do grupo de foliões), observados no segundo. Para a compreensão da ocorrência da Festa do Divino em Marabá, utilizamos como metodologias a Etnografia e a História Oral. Sob a perspectiva da História Cultural, a Festa foi abordada e analisada não como um passado estático, mas como algo que atende às demandas e representações de um grupo social no presente. Também colocamos em evidência o percurso de constituição da moderna noção de Patrimônio Cultural, e a forma como o patrimônio tem sido tratado no município de Marabá. Considerando o status de Patrimônio Imaterial do Município, conquistado pela Festa do Divino, nos debruçamos sobre os documentos das escolas municipais de ensino fundamental José Mendonça Vergolino e Profa. Judith Gomes Leitão, localizadas no Núcleo Velha Marabá. No percurso investigativo buscamos pela presença ou não da Festa do Divino entre as narrativas servidas nas aulas de História. Todavia, percebemos que a Festa não é abordada nas aulas de História ou em projetos desenvolvidos pelas escolas, de modo que os eventos os quais nos levaram até as duas unidades de ensino, se caracterizaram como ações pontuais. Percebemos também que nos Planos de Curso de Ensino Religioso e Estudos Amazônicos, contém alguns “objetos de conhecimento” os quais podemos considerar compatíveis com a Festa do Divino, no entanto são listados de forma tão genérica que deixa a cargo do professor decidir qual “patrimônio cultural”, parte da “diversidade cultural”, elemento da “formação identitária” ou parte da “história do lugar” deverá ser abordado. Avaliamos que a ausência desse tema nas aulas de história e nos projetos, pode estar associada ao fato de as escolas e a comunidade enxergarem a Festa do Divino muito mais sob a perspectiva da religião, que da história ou da cultura.
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SERGIO RICARDO ALMEIDA DA HORA
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FOTOGRAFIA PÚBLICA: Marabá (PA) por meio do acervo fotográfico do Arquivo Histórico Manoel Domingues (FCCM)
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Data: 29/11/2022
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Essa dissertação tem como pano de fundo o cotidiano e a história de Marabá (PA) visto através das fotografias do Arquivo Histórico Manoel Domingues, localizado no espaço físico da Fundação Casa da Cultura de Marabá (FCCM), cujo objetivo foi analisar as fotografias pertencentes ao acervo fotográfico da instituição. Buscou-se entender sua ação como memória cultural, e, como essas imagens retratam, simbolizam e subjetivam particularidades da história e do cotidiano da cidade de Marabá (PA). A hipótese partiu do princípio de que as imagens fotográficas analisadas, do Arquivo Histórico Manoel Domingues, registram e atestam fragmentos da memória histórica e das práticas culturais da cidade de Marabá (PA). A pesquisa tornou-se significativa à sociedade, no sentido de que os acervos fotográficos narram a história e o cotidiano da cidade e da sociedade marabaense. Potencializando, portanto, o papel que a instituição tem na preservação do patrimônio histórico-cultural. O procedimento metodológico se deu por uma pesquisa de método qualitativo. O contato com o acervo fotográfico nos surpreendeu positivamente, pela quantidade de significados que elas puderam nos fornecer, pelos personagens os quais foram se descobrindo pelas entrevistas. A investigação concretizou o encontro de fatos da ação dessas fotografias como memória cultural, e, como elas retrataram, simbolizaram e subjetivaram particularidades da história e do cotidiano da cidade de Marabá (PA). As fotografias possibilitaram revelar uma gama vivências cotidianas da população marabaense. Com os resultados obtidos, percebemos a necessidade de dar continuidade ao estudo, realizando levantamento, inventariando documentos imagéticos e lançando nosso olhar sobre tantos outros acervos custodiados pelo Arquivo Histórico Manoel Domingues, relativo a outros fundos. A expectativa é que esta pesquisa alcance uma relevância social e sirva como um aporte de contribuição na preservação da memória cultural da cidade de Marabá (PA).
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LIZANDRA JULIA SILVA CRUZ
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LUGARES DISTINTOS, IDEIAS CONVERGENTES: O ABOLICIONISMO EM NOTÍCIAS CIRCULANTES NA IMPRENSA GRÃO- PARAENSE E O POTENCIAL SIMBÓLICO DE LUIZ GAMA
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Data: 13/10/2022
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A partir da segunda metade do seculo XIX é possivel perceber um crescente movimento de buscas por liberdade cativa por todo o império brasileiro. Diversas ferramentas foram forjadas e utilizadas para que a abolição fosse alcançada pelas diferentes províncias que o constituiam e, nesse mister, a crescente influência da imprensa no cenário nacional tornou-se fundamental para a abolição do elemento servil. Assim, o presente estudo realiza um exame analítico através de periódicos que circulavam nas províncias grão-paraense e, em menor medida, na província cearense apontando para alguns contornos dos movimentos pela abolição através dos ideais de liberdade que transitavam pelo império, bem como, a representação e mobilização da figura de Luiz Gama nesses espaços de atuação. Nossas análises nos colocaram diante de diversos excertos jornalísticos que nos ajudaram a definir os contornos que a busca pela liberdade na província grão-paraense tomou entre os anos de 1870 a 1888, de igual modo, nossa preocupação acadêmica também virou-se para a busca pela representação e evocação a memória de Luiz Gama enquanto um representante/potencial simbólico de um abolicionismo que transitou entre os meios legais, a própria imprensa (já mencionada) e defesa de decisões mais enérgicas quanto a abolição do elemento servil. Desse modo, temos na construção desta pesquisa uma linha de análise que julgamos necessária para compressão de nossas hipóteses, qual seja, a apresentação da historiografia pertinente ao tema, análise de fontes jornalísticas que nos ajudam a perceber as nuances da escravidão e das bases constitutivas da abolição, com especial destaque para as províncias do Grão-Pará e Ceará e, como aspecto especifico de nossas análises, a representação e mobilização do potencial simbólico da figura de Luiz Gama nesses dois territórios.
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ALAN BIZERRA MARTINS
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A CULTURA AFRO-BRASILEIRA NO LIVRO DIDÁTICO DE HISTÓRIA: uma análise da coleção “História Sociedade & Cidadania” em diferentes edições (2008/2020)
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Data: 26/09/2022
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O presente trabalho tem objetivo investigar como as narrativas didáticas sobre a temática da História e Cultura Afro-Brasileira estão abordadas nos livros didáticos da coleção História Sociedade & Cidadania, aprovados pelo Programa Nacional do Livro Didático entre anos de 2008 a 2020. Como referencial teórico, trabalhamos a partir dos estudos de Roger Chartier (2011), com o conceito de representação e o Mikhail Bakhtin (2014) com conceito de Discurso. O corpus documental que mobilizamos é composto pelos livros didáticos de História da coleção História Sociedade & Cidadania; as legislações referentes ao tema, em especial a Lei. n.º 10.639/03 que estabelece a obrigatoriedade do ensino História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, as Diretrizes e Bases da Educação Nacional-LDB 9394/96, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) e as Diretrizes Curriculares Nacionais de Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, além dos documentos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, os Editais e Guias do PNLD dos Anos Finais do Ensino Fundamental. Os resultados apontam que livros didáticos, apesar de abordarem a temática, realizam um silenciamento sobre a participação do negro e afrodescendente dos africanos na formação do país. Na maior parte dos capítulos, os conteúdos situam a participação do negro e afrodescendentes são vinculados à história da escravidão, deixando de situar o protagonismo da população negra nas áreas sociais, econômicas e políticas da História do Brasil.
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MARIA RAIMUNDA SANTANA FONTE
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ENSINO DE HISTÓRIA E FORMAÇÃO DE PROFESSORES: Políticas e ações de implementação da Lei Federal 10.639/03 (Marabá/PA, 2003 a 2019)
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Data: 01/09/2022
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Esta pesquisa apresenta projetos e ações realizadas pela Secretaria de Educação Municipal de Marabá – PA referente a implementação da Lei Federal 10.639 entre os anos de 2003 a 2019, no ensino de História, especialmente no que diz respeito ao seguimento descrito como Ensino Fundamental II. A referida investigação foi realizada por meio de análise de documentos escritos (produzidos pela Secretaria Municipal de Educação) e orais (entrevistas e conversas informais). No que se refere aos documentos, analisamos as Propostas Curriculares do município (de 2006 e a de 2019, PME, Resumo do Histórico de Formação, projeto, relatórios, pasta/arquivo, cadernos de registro referente ao NUPED, pautas e relatórios de formação e gestão produzidos pela equipe de formação/Secretaria de Educação). Ao refletir acerca da responsabilidade do município/SEMED no processo de execução da Lei Federal 10.639, verificamos que o mesmo não demonstrou concretamente compromisso em implementa-la. O município não criou nenhum dispositivo/política que garantisse a sua aplicabilidade. No entanto, foram realizadas atividades através das formações de professores de História, ou seja, os/as professores/as formadores realizaram discussões, seminários, palestras incluindo professores universitários, liderança de movimento negro, entre outros. Em relação às Propostas Curriculares de 2006 e 2019, a legislação pertinente ao debate aparece apenas nesta última, ainda assim, sem a devida profundidade.
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POLICLEITON RODRIGUES CARDOSO
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SODOMITAS DO GRÃO-PARÁ NOS CÁRCERES DA INQUISIÇÃO PORTUGUESA: UM OLHAR SOBRE OS PROCESSOS DE FREI LUCAS DE SOUSA E SEUS AMANTES NA BELÉM DO SÉCULO XVII
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Data: 26/08/2022
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A presente dissertação discute acerca do delito de sodomia a partir dos processos de Frei Lucas de Sousa, um religioso do Convento de Nossa Senhora das Mercês de Belém, e de Salvador Rodrigues, barbeiro na mesma cidade. O espaço analisado concentra-se no Estado do Maranhão e Grão-Pará, local em que a maior parte das experiências sexuais do mercedário ocorreram; para além, também é o espaço em que o sumário de culpas foi preparado com as acusações de sodomia contra o religioso. As análises acerca dos casos de sodomia praticados por Frei Lucas de Sousa concentrou-se desde a primeira citação ao nome do religioso, ainda em Portugal, no ano de 1658; até o último processo que o fora envolvido, o de Salvador Rodrigues em 1662. Portanto, os processos que abrangem o religioso são da segunda metade do século XVII. O estudo acerca da perseguição aos sodomitas abrangeu documentos da época, desde Ordenações do Reino até Regimentos Inquisitoriais que buscaram delinear as formas de proceder contra aqueles que efetuassem o “nefando pecado de sodomia” nos domínios portugueses. A fim de contemplar o espaço amazônica foi debatido a Amazônia Colonial a partir da historiografia pertinente, demonstrando como o século XVII foi fundamental no processo de conquista, ocupação e evangelização; e como a presença de religiosos, como Frei Lucas de Sousa, foram determinantes para um arranjo social amazônico. Nesse sentido, a dissertação buscou demonstrar como a Inquisição atuou no
casos de sodomia na Amazônia do século XVII, analisando casos de sodomia presente nos processos de Frei Lucas de Sousa e Salvador Rodrigues.
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JAIR MAURO DINIZ NERIS
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O movimento de libertação dos presos, padres e posseiros do Araguaia - MLPA: das origens do conflito do Cajueiro, ao ecoar dos eventos fundiários na Amazônia paraense.
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Data: 25/08/2022
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O projeto de pesquisa O movimento de libertação dos presos do Araguaia, dos antecedentes do Conflito do Cajueiro, ao ecoar dos eventos fundiários da Amazônia paraense. (1980-1984), tem o objetivo de analisar os conflitos agrários na Amazônia na década de 1980, tendo como foco de análise a localidade de Cajueiro, área do município de São Geraldo do Araguaia (sudeste do Pará), na qual os conflitos pela posse de terra tiveram uma considerável repercussão pelo envolvimentos nos mesmos de trabalhadores rurais, lideranças religiosas, fazendeiros e órgãos dos governos federal e estadual. As principais fontes a serem utilizadas para o desenvolvimento da pesquisa, além das leituras teóricas e historiográficas, serão as documentais, hemerográficas, imagéticas e fontes orais.
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CLAUDIA VANESSA BRIOSO SANTOS
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EDUCAÇÃO MORAL E CÍVICA E ENSINO DE HISTÓRIA NO PARÁ (XINGUARA, 1969-1983)
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Data: 15/06/2022
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A Educação foi palco de interesse e arena de diferentes disputas durante o governo militar (1964-1985). O Decreto-Lei nº 869, de 12 de setembro de1969, obrigou o ensino da disciplina Educação Moral e Cívica (EMC) em todos os níveis da educação brasileira. O presente texto apresenta os resultados parciais da pesquisa desenvolvida no Programa de Pós-graduação em História que se propõe a analisar como se deu o ensino de EMC na cidade de Xinguara, Pará, durante o período da ditadura militar brasileira. Para tanto, faz uso de variados documentos, como leis, decretos, Regimento Educacional, diários de classe de EMC e livro didático adotado na época. As reflexões construídas até o momento sinalizam que as questões ligadas ao ensino dos valores morais e cívicos fizeram parte das preocupações centrais de autoridades e órgãos responsáveis pela elaboração dos referidos documentos que se encarregavam de criar um conjunto de procedimentos legais para garantir a execução dos fundamentos atribuídos à disciplina EMC. Ao mesmo tempo, os diários de classe analisados mostram o universo dos registros da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Professor Acy de Barros Pereira sobre o planejamento didático, a seleção dos conteúdos, o sequenciamento dos temas estudados e a distribuição por bimestre letivo. Pelos registros, também foi possível compreender a configuração das turmas no que tange à composição de alunos por sexo, idade, rendimento escolar (em termos de aprovação ou não ao final do ano) e desistência.
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LUIS LIMA DE SOUSA
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HISTÓRIAS DE PARAUAPEBAS EM SALA DE AULA: ensino de História Local e Amazônia nas escolas Chico Mendes II e Carlos Drummond entre 2014-2019
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Data: 17/02/2022
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O presente trabalho tem por objetivo compreender como a História local tem sido ensinada na disciplina de História, nas turmas do 6º ao 9º ano de duas escolas públicas do município de Parauapebas (PA) — Chico Mendes II e Carlos Drummond de Andrade — entre os anos de 2014 e 2019. As instituições de ensino escolhidas são duas das mais antigas do município. Neste trabalho, entendemos o ensino de História como um lugar de fronteira, enquanto tomamos a História local como uma importante metodologia para a pesquisa e um conteúdo relevante para o ensino na Educação Básica. Trabalhamos com fontes bibliográficas que nos permitiram estabelecer conexões entre Parauapebas (PA), o sudeste do Pará e a Amazônia Legal. O corpus documental que mobilizamos é composto pelas Rotinas Pedagógicas e os Conteúdos de História do 6º ao 9º ano, ambos elaborados pela Secretaria Municipal de Educação (Semed) com o fim de serem utilizados nas escolas públicas do Ensino Fundamental entre os anos 2014 e 2019; pelos Projetos Político-Pedagógicos (PPPs) das duas escolas; por entrevistas com três docentes e uma funcionária da Semed. Os resultados apontam a presença de conteúdos de História local entre as turmas citadas, com uma significativa concentração nas do 6º e 9º anos. O componente curricular de História dispõe de poucas aulas, considerando a quantidade de assuntos prevista no planejamento. Apesar dessa falta de disponibilidade de carga, nessas turmas, é possível assinalar tentativas de inserir discussões que envolvam a História local, relacionando-a com a Amazônia e os contextos mais amplos e gerais. Isso ocorre em vista da ausência de material didático elaborado para aulas de História local. Tal inserção é indicada nas referidas rotinas e nas entrevistas, o que aponta para formações elaboradas com esse propósito.
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MARTA LIMA ALVES
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“O RACISMO NÃO SILENCIARÁ NOSSOS TAMBORES”: O grupo Consciência Negra em Movimento, Marabá/PA (2011-2019)
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Data: 28/01/2022
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O trabalho tem como objetivo primordial analisar a atuação do grupo Consciência Negra em Movimento (CNM), considerado pela sociedade marabaense como representante do Movimento Negro em Marabá/PA, em um recorte temporal que compreende os anos de 2011 a 2019, ou seja, a pesquisa priorizará os nove anos de história do CNM dentro da cidade marabaense. O grupo traz como principal bandeira de luta o combate ao racismo, à discriminação racial, à defesa e ressignificação da identidade negra e valores culturais ancestrais adjacentes, com uma manifestação mais abrangente principalmente no bairro Francisco Coelho e dentro de algumas escolas públicas e privadas de Marabá. Em busca de respostas aos questionamentos iniciais verificamos os documentos da Fundação Casa da Cultura de Marabá (FCCM) e daqueles disponibilizados pelos integrantes do próprio grupo. Com base nas fontes de pesquisa averiguamos nas narrativas sobre a história de Marabá uma forte violência com relação às minorias sociais e também a presença de um racismo estrutural, ajudando a compreender, em parte, o crescente aumento dos casos de racismo dentro da cidade, da discriminação racial, marginalização e invisibilidade de parte da população negra em Marabá.
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OZIEL WASHINGTON DAVID MOREIRA
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O PERIÓDICO FEMINISTA FÊMEA (1992-2014): UMA PRODUÇÃO DO CENTRO FEMINISTA DE ESTUDOS E ASSESSORIA – CFEMEA
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Data: 26/01/2022
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O presente trabalho tem como objetivo analisar o jornal feminista Fêmea, periódico publicado entre maio de 1992 e dezembro de 2014. Enviado de forma gratuita pelos Correios, ele circulou nacionalmente, seu principal objetivo era informar as organizações feministas e de mulheres a respeito das tramitações legislativas que ocorriam no Congresso Nacional e poderiam afetar seus direitos. O referido periódico foi uma produção do Centro Feminista de Estudos e Assessoria (CFEMEA), uma organização não-governamental feminista, sem fins lucrativos, fundada no ano de 1989, com sede em Brasília-DF. Ela integra a geração de organizações feministas que lutaram pelo processo de redemocratização do Brasil, propondo políticas públicas e leis que estão na origem do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM). Além de discutir a respeito da atuação do Centro e o seu trabalho desenvolvido no Congresso Nacional, esta pesquisa, ancorada nos estudos feministas acerca da violência contra a mulher, debate a forma como o Fêmea abordava aquele assunto. Tal temática teve grande relevância em suas páginas, sendo a luta por legislações mais eficientes de proteção a mulher em situação de violência uma de suas principais pautas.
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VERA LUCIA MARTINS DE LIMA ROSA
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Entre silêncios, ações e práticas: a Lei Federal 10.639/2003 e o Ensino de História nas Escolas Estaduais de Ensino Médio em Itupiranga/PA (2017-2019)
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Data: 18/01/2022
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O presente texto apresenta resultados da pesquisa desenvolvida no âmbito de dissertação de mestrado. Neste trabalho buscamos compreender como duas escolas da rede estadual de ensino, localizadas no município de Itupiranga, estado do Pará, entre os anos de 2017 e 2019, desenvolveram ou não ações e estratégias para a implementação da Lei Federal 10.639/2003, compreendendo a persistência de um “silêncio” acerca das abordagens envolvendo a história e cultura afro-brasileira e africana tanto nos livros didáticos quanto em sala de aula. Os resultados apontaram que as duas escolas não possuem uma prática específica e efetiva para tratar das questões propostas pela Lei Federal 10.639/03 em seus projetos políticos pedagógicos, incluindo a formação de professores. Porém, as duas instituições de ensino promoviam, pelo menos de forma esporádica, eventos em alusão ao dia da Consciência Negra. Os livros didáticos, mesmo com algumas ressalvas, abordam a temática. Os docentes observaram tais mudanças, mas chamam atenção sobre a forma como ainda se prioriza a história europeia nesses manuais didáticos. Uma das questões colocadas pelos professores como entrave para suas abordagens acerca da temática encontra-se na falta de formação continuada voltada para a implementação da referida Lei e suas determinações.
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