A EVOLUÇÃO DO DESMATAMENTO NO MUNICÍPIO DE JACUNDÁ-PA, E O MANEJO FLORESTAL SUSTENTÁVEL COMO MITIGADOR DOS IMPACTOS AMBIENTAIS
Setor madeireiro. Reflorestamento. Degradaçãoambiental. Desenvolvimento sustentável.
O Sudeste Paraense teve, nos últimos 40 anos, uma dinâmica agrária marcada por elevado crescimento populacional, intensos conflitos sociais e graves impactos ambientais. A frente de expansão camponesa que participou desse processo chocou-se com o modelo de desenvolvimento priorizado nas décadas de 1960/70, baseado na agropecuária patronal extensiva, na concentração de terras e na simplificação do ecossistema regional. Dentre os grandes projetos financiados pela SUDAM, a atividade madeireira tomou corpo a partir dos anos de 1970, a construção de estradas que possibilitaram o acesso a florestas densas, o custo baixo da aquisição das madeiras, a ausência de restrição ambiental e o esgotamento do estoque madeireiro do Sul do Brasil favoreceram o avanço do setor madeireiro no Pará. Esta dissertação buscou analisar a evolução da exploração madeireira no município de Jacundá e a introdução do manejo florestal como forma mitigadora da degradação ambiental, identificando os aspectos econômicos, sociais e ambientais que possam impactar na perenização desta atividade e na dinâmica sócio economia e ambiental do município. Evidenciou-se que o manejo florestal é uma alternativa viável para reabilitação das áreas degradadas, porém entraves como os longos processos para autorização das áreas de manejo e custo operacional do projeto foram frequentemente citado pelos empresários, além do interesse de alguns em abandonar o ramo florestal e migrar par o cultivo de grãos.