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Banca de DEFESA: FRANCISCA CLAUDIA BORGES FERNANDES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: FRANCISCA CLAUDIA BORGES FERNANDES
DATA: 30/03/2020
HORA: 09:00
LOCAL: SALA 2B PRÉDIO MULTIUSO UNIDADE III
TÍTULO:

O PODER DA PALAVRA: A PERFOMATIVIDADE DAS MULHERES CONTADORAS DE HISTÓRIAS EM MARABÁ-PA


PALAVRAS-CHAVES:

Contação de histórias. Performatividade da contadora. Poética da contação de história. Estética da contação de história. Mulher contadora de história.


PÁGINAS: 130
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Lingüística
RESUMO:

A arte de narrar histórias, nas culturas orais, é performatividade dos mais velhos, que compartilham as suas experiências de geração a geração. Na contemporaneidade, essa prática milenar é assumida por novos contadores, que incorporam elementos pertinentes ao novo contexto promovido pelas relações sociais no cenário urbano. Esta dissertação tem como objetivo compreender as performances das mulheres contadoras de histórias, bem como, identificar as contribuições para o movimento de contação de histórias na contemporaneidade através das experiências estéticas e poéticas atribuídas a esse ofício. A pesquisa está dividida em duas etapas, orientada pela seguinte questão: como as experiências estéticas e poéticas das contadoras contemporâneas de história contribuem para construção da sua performatividade. A primeira etapa constituiu-se de uma investigação bibliográfica sobre a contação de história, experiência comum e experiência estética, a performance da mulher contadora de histórias, a contextualização da contação de histórias, de sua origem, na tradição oral as suas transformações na contemporaneidade. A segunda etapa, desenvolveu-se a partir de entrevistas narrativas com nove mulheres contadoras de histórias, seguindo a metodologia da história oral conforme Alberti (2005), as quais narraram suas memórias de vida-formação-profissão, mostrando como a contação de histórias se alinhava em suas vidas da infância à idade adulta. Para tanto, fez-se necessário o acompanhamento de reuniões e preparações dos espetáculos e os registros audiovisuais das performances. Ressalta-se que ao relatarem suas experiências, demonstraram os sentidos culturais, sociais e educacionais atribuídos à contação de histórias. Dessa forma, em diálogo com os sujeitos de pesquisa, com teóricos e estudiosos, como Benjamin (2009;2012), Zumthor (1993;2000), Glusberg (2013), Cohen (2013), Busatto (2003;2011), Matos (2009;2014), Dewey (2010), Machado (2004; 2015) e Bakhtin (2010), Loureiro (2015) esta pesquisa intentou mostrar como é constituída à performance das contadoras de histórias na/da Amazônia. Dentre os muitos sentidos que se pode atribuir a ela, as contadoras destacaram: a valorização das culturas que compõem a região; as subjetividades que realizam as suas performances; o caráter do inédito e do improviso dessa arte; o processo contínuo de interação com outro (contar e escutar); mediação e fomento à leitura para formação de leitores. Tais sentidos são ressignificados, ou seja, ouvintes e contadoras de histórias, cada um a seu modo, vivenciam a experiência estética de contar e escutar narrativas, por meio dessa arte de milenar. As práticas artísticas e performáticas dessas mulheres são únicas e inéditas, fruto de muito trabalho e estudo. São experiências estéticas e poéticas com a narrativa, em que se experiencia, num processo contínuo de descobertas de imagens verbais, sonoras e corporais, completando-se no momento da performance ao conectar-se ao público.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1182147 - ALEXANDRE SILVA DOS SANTOS FILHO
Interno - 1185073 - ELIANE PEREIRA MACHADO SOARES
Externo à Instituição - ROSEMARY LAPA DE OLIVEIRA
Notícia cadastrada em: 03/03/2020 08:48
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