Notícias

Banca de DEFESA: SUZANA PEREIRA PACHECO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: SUZANA PEREIRA PACHECO
DATA: 16/09/2021
HORA: 14:00
LOCAL: videoconferencia
TÍTULO:

A LINGUAGEM SIMBÓLICA DA VIAGEM: O ITINERÁRIO E A PRESERVAÇÃO DA MEMÓRIA NO RETORNO À CASA EM A ODISSEIA E CRÔNICAS DE CECÍLIA MEIRELES


PALAVRAS-CHAVES:

Simbologia. Itinerário. Memória. Efêmero. Eterno.


PÁGINAS: 94
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
RESUMO:

Viajar é percorrer caminhos e lugares, vivenciando sempre algo novo, gratificante ou não. É também desbravar histórias de povos, de civilizações e de seres fantásticos, evadindo-se ou sonhando. Cada lugar descoberto emite uma sensação ao viajante, que a descreve com particularidades. É o que veremos aqui neste trabalho, ao viajarmos com Odisseu, o herói da Odisseia, em suas aventuras e desventuras de volta a Ítaca; e com Cecília Meireles, a poeta-viajante. O objetivo geral é desvendar a linguagem simbólica, proposta por Mircea Eliade (2008), que a viagem tem para eles, cujo caráter é transcendental, isto é, deslumbrante e elevado além de sua natureza física, o que a torna sagrada. Este é um dos fatos que os diferencia dos turistas, os quais são desatentos e eufóricos. O itinerário da viagem para o turista pode ser entediante, por não ter um significado, ainda que alegórico, mas para Cecília Meireles e Odisseu é uma maneira de reinventar a vida, já que ambos fruem do trajeto percorrido, não se privando de seus encantos, é também uma forma de voltar a si mesmo, como meditação e como ascensão. A reminiscência é outra simbologia para eles, que se preocupam com a preservação da memória no retorno à casa, como uma espécie de rito de passagem. Odisseu é o único herói da guerra de Troia de quem não se sabe o destino, por isso ele conta a sua história por onde passa, para não esquecer suas adversidades e receber notoriedade, deixando resquícios de seu heroísmo por meio da narrativa de suas peripécias, visto estar presente em um tempo em que as glórias de um homem eram medidas por seus feitos. A preservação da memória é o que lhe permite regressar à sua terra sagrada. Cecília Meireles também preserva a memória de suas viagens ao transformar as experiências nelas vividas em crônicas e poemas, não as materializando, mas sim eternizando-as e libertando-as.  Analisar o que acima se propõe através dos estudiosos de Cecília Meireles, como Gouvêa (2007); Gouveia (2007); Lôbo (2010); Romano (2014); e sobre a natureza simbólica da existência com Campbell (2007), Galvão (2016); Platão (2017), entre outros, é evidenciar as similaridades e diferenças entre um herói-personagem, viajante de uma preciosíssima mitologia grega e uma poeta que há muito aprendera a astúcia de combinar viagens com literatura e filosofia, transformando-as em mitologia.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1549206 - LUIS ANTONIO CONTATORI ROMANO
Externo à Instituição - SANDRA TRABUCCO VALENZUELA
Interno - 1647466 - SIMONE CRISTINA MENDONCA
Notícia cadastrada em: 27/08/2021 08:30
SIGAA | Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação (CTIC) - (94) 2101-5945 | Copyright © 2006-2024 - UNIFESSPA - sigaa-docker