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Banca de DEFESA: EVA FERNANDES DE SOUZA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: EVA FERNANDES DE SOUZA
DATA: 29/09/2021
HORA: 15:00
LOCAL: videoconferencia
TÍTULO:

ARQUIVO, DISPOSITIVO E REPRESENTAÇÃO INDÍGENA EM DISCURSIVIDADES MIDIÁTICAS BRASILEIRAS


PALAVRAS-CHAVES:

Discurso. Representação. Subjetividade. Colonialidade


PÁGINAS: 108
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
RESUMO:

Desde o processo de colonização do Brasil, os discursos que passam a circular na sociedade, por meio de diferentes suportes e de múltiplas linguagens, não cessam de produzir representações dos povos indígenas, a partir de diferentes posições ideológicas. Em um contexto histórico de lutas e de resistências, as subjetividades dos povos indígenas são constantemente inventadas e reinventadas no âmbito de condições históricas dadas, a partir de diferentes práticas discursivas. O interesse em problematizar esta questão nos levou a definir como objetivo central deste trabalho analisar processos de produção de subjetividades indígenas na mídia jornalística, procurando compreender como as representações que sustentam esse discurso integra um dispositivo em que poder, saber e produção de subjetividades se articulam na produção de “vontades de verdades”, a partir da seguinte pergunta orientadora do percurso da pesquisa: “Que sentidos se produzem na mídia sobre o indígena e como as representações indígenas de si mesmos produzem efeitos de resistências face às representações hegemônicas?”. O corpus da pesquisa é formado de notícias que circulam na mídia em que o sujeito indígena é tomado como objeto de práticas discursivas cibernéticas. A pesquisa se fundamenta em pressupostos teóricos da Análise de Discurso de tendência francesa, mobilizando as contribuições teóricas de Michel Foucault, sobretudo no que concerne às relações entre poder, saber e subjetivação. Mobilizamos, também, a partir de Quijano (2005) o conceito de colonialidade do poder, considerando que tal conceito nos permite apreender, no funcionamento discursivo de subjetivação do outro, traços da matriz colonial. Concebendo a mídia como um dispositivo que, como tal, exerce seus controles a partir de múltiplas visibilidades e dizibilidades, as análises focalizam como esse dispositivo, no entrecruzamento de diferentes linhas de força, se lançam luzes de visibilidade e de invisibilidade ao produzir múltiplas representações do indígena com base em estereótipos fixadores da noção de raça. Por um lado, a ideia de raça aparece nos discursos analisados como justificativa para a interdição das diferenças, para a dominação e para a exclusão social. Por outro lado, ancorada na percepção foucaultiana de que poder e resistência se implicam, ou seja, que não há poder sem resistência, procuramos, também, apreender, no funcionamento discursivo da mídia, como no próprio jogo do dispositivo de poder emergem linhas de subjetivação em que a heterogeneidade discursiva reage a força hegemônica e homogeneizadora do dispositivo midiático.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2190593 - GILSON PENALVA
Externo à Instituição - JOÃO DE DEUS LEITE
Presidente - 2152839 - NILSA BRITO RIBEIRO
Notícia cadastrada em: 02/09/2021 09:50
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