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Banca de DEFESA: JAYANNE OLIVEIRA DOS SANTOS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JAYANNE OLIVEIRA DOS SANTOS
DATA: 28/04/2023
HORA: 14:30
LOCAL: presencialmente sala do Prédio do ILLA sala 02
TÍTULO:

A MEMÓRIA DA ORALIDADE NO LIVRO DIDÁTICO


PALAVRAS-CHAVES:

Discurso; Memória; Oralidade; Escrita


PÁGINAS: 107
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Lingüística
RESUMO:

O presente trabalho tem o objetivo de analisar como a escola mobiliza, por meio do livro
didático, uma memória discursiva da oralidade (DO) na relação com o discurso da escrita
(DE). Para tanto, o caminho teórico da pesquisa parte dos estudos historiográficos da escrita,
em que os autores procuram investigar e discutir sobre as razões históricas, políticas e
ideológicas que conduziram a escrita a um lugar de prestígio em detrimento da oralidade.
Mobilizamos, ainda, fundamentos teóricos da Análise de Discurso de vertente francesa, com o
propósito de problematizar como a memória discursiva da oralidade e da escrita se
entrecruzam na escola básica, quando esta se propõe a tomar a primeira modalidade
oralidade como objeto de ensino. Elegemos como material de análise o Manual do Professor,
que acompanha o livro didático “Singular & Plural: Leitura, produção e estudos de linguagem,
6o ano do ensino fundamental, autoria de Marisa Balthasar e Shirley Goulart (2018).
Entendemos que essa prática discursiva não é aleatória ou casual, ela se mantém presente
nas práticas pedagógicas da escola básica em decorrência de um pano de fundo histórico de
alguns discursos que tomam como base a noção de que o campo da oralidade não deve ser
trabalhado na escola com a mesma intensidade e relevância para a formação do educando,
como se trabalha com a escrita. Esse discurso, por sua vez, tem relação com uma posição
discursiva e política que coloca para as margens as práticas sociais produzidas pela oralidade,
assim como os sujeitos desta prática. É a partir dessa compreensão que focalizamos a
memória discursiva da oralidade agenciada por atividades apresentadas pelo livro didático
acima referido, sob a hipótese de que prevalece nas atividades escolares muito mais um
trabalho de oralização da escrita do que uma perspectiva de ensino que toma a oralidade em
seu lugar próprio e com as suas especificidades. Defendemos que há na oralidade um espaço
de constituição de sujeito e esse espaço não deve simplesmente ser “valorizado”, mas,
efetivamente tomado como objeto de problematização. Nesse sentido, a oralidade não deve
ser problematizada como o lugar do erro, da falta ou do déficit, mas um lugar que tem uma
história de constituição e um espaço de materialização.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - CARLOS BORGES DA SILVA JUNIOR
Interno - 1185073 - ELIANE PEREIRA MACHADO SOARES
Presidente - 2152839 - NILSA BRITO RIBEIRO
Notícia cadastrada em: 19/04/2023 08:47
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