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Banca de DEFESA: BARBARA MARIA MARQUES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: BARBARA MARIA MARQUES
DATA: 15/12/2021
HORA: 15:00
LOCAL: Google Meet (https://meet.google.com/ahs-yqsc-txw)
TÍTULO:

PARA ALÉM DO CONFLITO E DA VIOLÊNCIA PELA TERRA: AS EXPERIÊNCIAS DE VIDA DE TRABALHADORES RURAIS EM XINGUARA


PALAVRAS-CHAVES:

A luta pela terra -Violência- Memórias - Experiências de vida.


PÁGINAS: 129
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: História
SUBÁREA: História do Brasil
RESUMO:

O objetivo desta pesquisa é abordar diferentes experiências de vida de migrantes que chegaram em Xinguara, Pará, durante os anos 70 e 80, além daquelas envolvidas no conflito violento durante a luta pela terra. Para tanto, foram analisadas as memórias dos migrantes manifestadas nas narrativas orais, as memórias manifestadas nos escritos memorialistas e nos vídeos comemorativos do aniversário da cidade nos anos de 2015 e de 2019. As fontes orais foram transformadas em fontes históricas por meio da metodologia da história oral. A prática metodológica desta pesquisa se debruça sobre  o ato narrativo dos documentos, pois durante o trabalho com as fontes históricas interpretei e analisei o relato de acontecimentos que são a comunicação das experiências de vida dos migrantes (formas de pensar, idealizações, interpretações, caracterizações da realidade, ações diárias e diversos modos de fazer do cotidiano) que em seguida foi transformado em narrativa histórica. Ao longo da pesquisa discuto que as memórias dos migrantes e suas experiências de vida refletem imediatamente ou se entrelaçam a violência durante a luta pela terra, e se conectam e interagem com diferentes meios de lembrar este tipo de violência, permitindo concluir que há em Xinguara a construção de uma identidade individual e coletiva, que mantem uma relação direta ou indireta com atos violentos devido aos conflitos de terra na região. Discuto também, que as memórias dos migrantes, as experiências de vida expressas pelas memórias e os usos das memórias dos migrantes, manifestaram formas de pensar e idealizações sobre a natureza e sobre próprios homens que ocuparam as terras de Xinguara, conectando-se a uma teia cultural que compõe diferentes sujeitos externos a Amazônia, que produzem pensamentos parciais sobre a região. Numa outra dimensão, analiso e discuto que as memórias dos migrantes expressaram experiências de vida marcadas por uma relação intrínseca entre o trabalho e a vida num ambiente novo cheio de desafios. Um movimento ativo permeado pela dor física e por sentimentos como angústia, medo e amizade, além de valores dos locais dos lugares de origem, saberes novos e antigo com o objetivo de “vencer na vida”.  Apesar da memória da violência durante a luta pela terra ganhar espaço nos seus relatos e apesar dos silêncios das suas memórias, discuto que eles são capazes de lembrar e expressar suas experiências de vida além daquelas marcadas pela violência e além daquelas que valorizam o progresso e desenvolvimento da cidade. As experiências, que se constituem e ganham significados por meio da memória, apresentam esses sujeitos agindo a fim de atender suas necessidades e expectativas enquanto recomeçavam suas vidas em Xinguara.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1624422 - ANNA CAROLINA DE ABREU COELHO
Externo ao Programa - 2395806 - BRUNO DA SILVA
Interno - 1671219 - IDELMA SANTIAGO DA SILVA
Externo à Instituição - MARIA DE NAZARE DOS SANTOS SARGES
Notícia cadastrada em: 03/12/2021 18:11
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