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Banca de DEFESA: RENATA BELZ KRUGER

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RENATA BELZ KRUGER
DATA: 25/04/2023
HORA: 09:00
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO:

CIDADE, MEMÓRIA E NARRATIVAS DA COLONIZAÇÃO DA TRANSAMAZÔNICA: O CASO DE BRASIL NOVO – PA


PALAVRAS-CHAVES:

Transamazônica; Brasil Novo; Colonização; Dispositivo; Ditadura Militar.


PÁGINAS: 199
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: História
RESUMO:

O trabalho aborda o processo de colonização da Amazônia brasileira, especialmente na década de 1970, tomando como referência o caso da agrópolis de Brasil Novo - PA, município lindeiro à Transamazônica. O objetivo é discutir as produções do dispositivo político da ditadura militar, especialmente a partir da análise de documentos e das memórias dos colonos. O processo de colonização da Amazônia é um tema amplo e complexo que configura um lugar de disputas de narrativas. No capítulo 1 é realizada a investigação sobre a colonização da Amazônia durante o governo militar, especificamente do território da Transamazônica, a partir da análise de materiais documentais e imagéticos dos elementos mobilizados pelo governo para colonização da área entendidos como produções do dispositivo político militar, com base nas contribuições de Foucault (1979; 2008), Agambem (2005) e Lisbôa (2014; 2019; 2021a; 2021b, 2022). Dentre esses elementos destacam-se o Programa de Integração Nacional (PIN), as materialidades midiáticas vinculadas na revista Manchete e por órgãos oficiais do governo militar e ao modelo de Urbanismo Rural adotado pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) no projeto de colonização dirigida no trecho da Transamazônica entre Marabá e Itaituba no estado do Pará. É tratado no capítulo como tais elementos guardam aproximações com a colonialidade, conceito compreendido a partir de Maldonado-Torres (2018). Esse trabalho se utiliza da História oral enquanto metodologia de pesquisa apoiado sobretudo em Guimarães Neto (1986), Delgado (2000; 2010), Alberti (2004), Ferreira (2012) e Portelli (1997; 2016). O capítulo 2 se encarrega da descrição da trajetória da pesquisa com a História oral e de dar sustentação às reflexões empreendidas na análise dos relatos orais do capítulo seguinte. No capítulo 3 são abordadas reflexões sobre as subjetividades produzidas nos sujeitos diante das imposições da ditadura militar a partir de relatos orais de pessoas que participaram do projeto de colonização dirigida pelo governo militar enquanto migrantes trabalhadores oriundos, em sua maioria, do estado do Rio Grande do Norte, no Nordeste do Brasil. Através dos elementos do dispositivo político o governo militar reforçava o incentivo à colonização, criava o dever de ocupação e o heroísmo dos que “rasgavam” a floresta, e mantinha a iniciativa privada favorecida. Os relatos dos colonos sobre suas experiências permitiram que variadas dimensões fossem exploradas e que a experiência da colonização fosse pensada através de diferentes aspectos, de forma que muitos dos temas abordados tem conexões e implicações marcantes na contemporaneidade.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1671219 - IDELMA SANTIAGO DA SILVA
Interno - 171.871.091-72 - REGINA BEATRIZ GUIMARAES NETO - UNICAMP
Externo à Instituição - DERNIVAL VENÂNCIO RAMOS JUNIOR
Notícia cadastrada em: 10/03/2023 17:16
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